Por Raquel Soldera (da Redação)
O anúncio do fechamento do Aquário de Valência chocou muitas pessoas na Venezuela, preocupadas com o destino dos animais que lá estão aprisionados.
Segundo informações divulgadas pela organização AnimaNaturalis, desde que foi criado, o Aquário de Valência, um município do Estado de Carabobo, na Venezuela, surgiu como uma afronta ao respeito as outras criaturas. Muitos animais foram retirados de seu habitat natural e enjaulados. Além disso, muitas toninhas morreram durante o percurso ao Aquário, e as que sobreviveram e lá chegaram, viviam em condições deploráveis, com os tanques repletos de excrementos.
Com o fechamento do Aquário, defensores dos animais solicitam que o local seja transformado em um santuário para animais, já que muitos não poderão ser reintegrados à natureza. No entanto, o atual prefeito de Valência, Edgardo Parra, quer vender as toninhas Zeus e Artemis para um parque aquático da Coréia do Sul, por cerca de 500 mil dólares, onde continuarão sendo exploradas até o fim de suas vidas.
Segundo Adelio Valente, ex-diretor do Aquário de Valência, as toninhas não suportariam a viagem de 36 horas para a Coréia do Sul, e tampouco se adaptariam ao novo ambiente.
“A comunidade valenciana não pode aceitar esta transferência. Não queremos rever essa história, sem fazermos nada para proteger a vida destes animais tão sagrados para Valencia e Carabobo, para a Venezuela e para o mundo”, disse Alexis Mendoza, coordenador do Movimento Ecológico Carabobo e membro da Câmara dos Amigos das Toninas de Valencia.
Organizações em defesa dos animais do mundo todo estão acompanhando a situação dos animais. Para que a transferência das toninhas para a Coréia do Sul não aconteça, 9.620 pessoas assinaram um manifesto, que será entregue ao embaixador da Coréia em Caracas, na Venezuela.