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PROTESTO

Ativistas se reúnem para impedir o embarque de 11 mil animais no Porto de Rio Grande (RS)

27 de dezembro de 2021
Vanessa Santos | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Ativistas em defesa dos direitos animais do Setorial Nacional de Direitos Animais do Partido dos Trabalhadores realizarão hoje (27) um protesto contra o embarque de vacas e bois vivos no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com destino ao Egito. O navio Elevation Beirut atracou na baía às seis da manhã desta segunda-feira e a previsão é que mais de 11 mil animais sejam encaminhados para o interior da embarcação entre hoje e quarta-feira (29).

A organizadora da manifestação, a ativista Kátia Moreira, afirma que a mobilização para impedir essa atrocidade precisa ser realizada o quanto antes a fim de salvar os animais. “Nós decidimos começar os protestos hoje, porque o navio já atracou, mas ainda não tem nenhum caminhão chegando com animais. Provavelmente, eles vão fazer o desembarque de noite ou de madrugada, que é um horário que a gente não tem disponibilidade”, acredita.

Os animais ficaram cerca de 20 dias dentro da embarcação sobrevivendo com nas piores condições possíveis. Eles serão forçados a suportar uma rotina de desconforto, amontoados uns em cima dos outros, sem acesso a água e à comida suficientes, pisando em fezes, vômitos, urina e passando por risco de graves ferimentos devido ao balanço do navio. Estudos de relevância global confirmam toda a crueldade envolvida no transporte marítimo de animais vivos.

Foto: Divulgação | RBA

Os navios utilizados para o transporte de animais vivos são, geralmente, embarcações em péssimo estado adaptadas para este fim. Não há acompanhamento veterinário e os animais são tratados como uma carga comum, sem nenhum tipo de cuidado. Quando morrem, seus corpos atirados em alto-mar junto com os seus dejetos, o que impacta negativamente o meio ambiente. Esses animais sofrem maus-tratos, são mantidos em condições degradantes e humilhantes e ficam vulneráveis a uma série de doenças.

A diretora jurídica da ANDA, Letícia Filpi, reforça que essa prática é bárbara e traz intenso sofrimento aos animais. “Não adianta querer falar em bem-estar do animal, não existe bem-estar na indústria. O risco ambiental dessas importações é muito grande, o passivo ambiental é muito grande, por que não existe estrutura para essa prática. Onde está a sustentabilidade disso, onde está a ética disso”, afirma a advogada.

Nota da redação: a exportação de animais vivos para consumo humano precisa ter fim. Não é seguro, é antiético e inflige grande sofrimento a estes seres indefesos, sencientes e que, assim como nós, merecem ser livres e respeitados. Assine a petição e exija que esse comércio cruel tenha fim e que os animais presos no Canal de Suez sejam resgatados. Seja a voz dos animais, eles precisam da sua ajuda.

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