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Ativistas realizam protestos e lutam pelos direitos animais no México

19 de novembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Maiza Garcia (da Redação)

Jovens ativistas dos direitos dos animais protestam do lado de fora de um circo. (Foto: Mari Robles)
Jovens ativistas dos direitos dos animais protestam do lado de fora de um circo. (Foto: Mari Robles)

Cães e gatos abandonados, touradas e abuso de animais em circos são questões importantes para os amantes de animais em todos os lugares, inclusive na cidade mexicana de Torreón.

Os moradores de Torreón vivem em meio à violência permanente ocasionada pela guerra às drogas. Mesmo assim, cidadãos se organizaram para ajudar a promover os direitos e o bem-estar dos animais, lembrando do que é possível se fazer com solidariedade.

Cães abandonados vagando pelas ruas são uma visão comum em todo o país. Como na maior parte do México, bandos deles desfilam por Torreón, e as más condições físicas dos animais dão pistas sobre a vida difícil e, muitas vezes, curta, que têm.

Em resposta, alguns abrigos para cães e gatos abandonados foram estabelecidos. Desses, uma parte é operada por grupos de bairro, que usam as mídias sociais e o boca a boca para receber suprimentos básicos como ração, e outra conta com melhores recursos. No entanto, a situação dos animais em Torreón é apenas uma das várias questões de direitos animais que assolam a região.

A Unión Animalista de La Laguna (UAL) é uma organização que resultou da necessidade da região em abordar as questões dos direitos animais. “Começamos a nos organizar no fim do ano passado para aumentar a conscientização sobre os direitos de todos os animais, mas oficilamente nos reunimos neste ano”, disse a administradora da ONG, Mari Robles.

"Não somos iguais, mas a dor é a mesma": membros da Unión Animalista de La Laguna protestam do lado de fora de uma tourada. (Foto: Mari Robles)
“Não somos iguais, mas a dor é a mesma”: membros da Unión Animalista de La Laguna protestam do lado de fora de uma tourada. (Foto: Mari Robles)

“Na maior parte desse tempo, nos envolvemos em uma série de manifestações não violentas anti-touradas porque, infelizmente, tem havido numerosas ocorrências na região. Os grupos pró-touradas têm tentado manter esse espetáculo cruel com preços baixos nos ingressos, mas, para nosso imenso prazer, o público tem permanecido escasso”, acrescentou.

Circos que frequentam a área e que utilizam animais nas apresentações são outro alvo da UAL. No México, até os padrões mínimos de cuidado para com os animais de apresentação não existem.

Em resposta, no lado de fora dos circos, a UAL realiza “performances” que consistem de membros atuando como animais enjaulados, de modo que possam, como Robles coloca, “conscientizar a população sobre o nível de crueldade e tortura a que esses animais são submetidos para o seu entretenimento”. De acordo com ela, a UAL pretende conquistar corações e mentes, especialmente aqueles das novas gerações.

“Os programas da UAL também incluem idas às escolas, com palestras para os alunos que promovem o veganismo por meio de uma mensagem de respeito e de justiça para todos os seres vivos”, disse Robles. “Queremos que a juventude do México seja consciente dos direitos dos animais e queremos que essa mudança seja refletida pelas gerações que virão depois de nós”.

Essa é uma demonstração de que os direitos e o bem-estar dos animais transcendem as fronteiras, idiomas e culturas. É necessário apenas um pouco de iniciativa e de organização. Citando Edward Everett Hale: “eu sou apenas um, mas eu sou um. Eu não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa … O que eu posso fazer, eu devo fazer. “

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