Na quinta-feira, a partir das 12h, ativistas do Climate Save Movement vão protestar em frente à Embaixada do Brasil em Londres. O objetivo é chamar atenção para o desmatamento da Amazônia e também criticar as políticas ambientais brasileiras e a transferência da demarcação de terras indígenas para o Ministério da Agricultura.
“A ação mais eficaz que todos nós podemos tomar para salvar as florestas tropicais é adotar um estilo de vida vegano, já que a grande maioria da produção mundial de soja é usada como ração animal. Este dia de ação também trará uma mensagem pró-vegana, encorajando o público a pensar sobre como nossas próprias ações têm um impacto sobre o mundo ao nosso redor”, informou o movimento Climate Save em sua página no Facebook.
O total da área desmatada na Amazônia já chegou a um milhão de quilômetros quadrados, segundo o artigo “Amazon Tipping Point”, publicado recentemente na revista Science Advances pelo professor Thomas Lovejoy, da George Mason University, dos Estados Unidos, e pelo coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas, Carlos Nobre.
Lovejoy e Nobre enfatizam que, para além do desmatamento, outro fator que tem impactado muito no ciclo hidrológico amazônico é o uso indiscriminado do fogo por agropecuaristas durante períodos secos, visando a formação de lavouras e pastagens.
Segundo o Greenpeace, a pecuária na Amazônia brasileira é responsável pela destruição de um em cada oito hectares. A Fundação Joaquim Nabuco afirma que a pecuária é responsável por 65% do desmatamento da Amazônia. Já a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) informa que 80% do desmatamento foi provocado pela conversão de terras em pastos e produção de grãos destinados à alimentação de animais criados para consumo.