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Ativistas protestam em Los Angeles contra abuso de elefantes em circo

17 de julho de 2013
3 min. de leitura
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Por Carmen Carballal (da Redação)

Simpatizantes da PETA protestam contra o circo Ringling Bros. and Barnum and Bailey diante do Staples Center. (Foto: La Opinión/ Ciro Cesar)
Simpatizantes da PETA protestam contra o circo Ringling Bros. and Barnum and Bailey diante do Staples Center. (Foto: La Opinión/ Ciro Cesar)

Os elefantes, estrelas do chamado “o maior espetáculo da terra”, o famoso circo Ringling Bros. and Barnum & Bailey, voltaram a causar controvérsia algumas horas antes da primeira das 14 apresentações que serão feitas no Staples Center. A notícia é do jornal La Opinión.

Dezenas de ativistas defensores dos direitos dos animais fizeram na última quarta-feira (10) uma barreira de protesto diante do Staples, mostrando fotos da suposta crueldade à qual são submetidos os elefantes do circo.

Membros da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals) o qualificaram como “o espetáculo mais cruel da terra”. “É muito triste o que acontece nos campos de treinamento desse circo. Os elefantes são mantidos acorrentados por até 23 horas para abalar o seu espírito e apanham constantemente”, disse Saldaña, representante da PETA. “As pessoas devem saber que esse tipo de espetáculo não é algo natural”, acrescentou.

PETA protesta contra os abusos de elefantes. (Foto: La Opinión/ Ciro Cesar)
PETA protesta contra os abusos de elefantes. (Foto: La Opinión/ Ciro Cesar)

Enquanto estes se manifestavam, nas bilheterias do Staples Center havia muitas pessoas comprando entradas para o circo.

Alma López, que recebeu um panfleto dos ativistas, comprou dois ingressos para levar sua filha para assistir o espetáculo circense.

“Não dá para matar a ilusão de uma menina. Não duvido do que eles estão reclamando. Acho que pode ser verdade”, admitiu. “Mas, contar toda essa história para uma menina pequena só vai matar sua inocência”, disse López.

Saldaña opinou que as crianças devem ser instruídas desde pequenas a não assistirem espetáculos onde há abuso de animais. “As crianças amam os animais. Se soubessem o que fazem com eles, não iam querer ir ao circo”.

Verónica Martínez, que estava na fila para comprar ingressos para os seis integrantes de sua família, disse que não acreditava nas acusações contra o Ringling Bros. “Um circo desse porte não poderia estar funcionando se violasse a lei dos direitos dos animais”, declarou.

Stephen Payne, porta-voz do Ringling Bros., disse para o La Opinión que eles se orgulham muito desse espetáculo e que há 143 anos cuidam desses animais, aos quais consideram as verdadeiras estrelas do show.

“Estamos muito orgulhosos de ter o conhecimento adequado e pessoal dedicado a cuidar deles 24 horas por dia, sete dias por semana. Estamos decepcionados com as acusações da PETA”, disse.

O circo afirma que não somente cumpre os regulamentos federais, estatais e locais estabelecidos na ata de Bem-Estar dos Animais (AWA) e que tem licença como expositor de animais autorizado pelo Departamento de Agricultura do país (USDA), como também dirige um centro de conservação de elefantes.

“Desde a fundação do centro, vimos 25 nascimentos. Para nós, é extremamente importante colaborar para a conservação da espécie, já que restam somente 35.000 no mundo”, comentou Payne, que também destacou que durante o show há a atuação de sete elefantes, em um total de 43 animais.

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