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Ativistas protestam contra ritual judeu de matar aves

3 de agosto de 2019
2 min. de leitura
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Por Rafaela Damasceno

Um grupo ativista em defesa dos direitos animais processou um centro judaico em Los Angeles, tentando impedi-lo de usar galinhas e galos vivos no ritual que acontece antes de Yom Kipur (dia do perdão), uma das datas mais importantes do judaísmo.

Um homem praticando o ritual com um frango na mão
Foto: Olivier Fitoussi

O ritual de Kaparot é uma penitência simbólica para se livrar dos pecados. Nele, as mulheres pegam galinhas, os homens, galos, e as grávidas, um de cada; então, os judeus teoricamente transferem seus pecados para as aves, que são degoladas logo depois. É como se os animais fossem substitutos para eles e morressem em seu lugar.

Alguns animais, depois de mortos, são doados para os mais pobres ou levados pelos próprios judeus para serem comidos em casa. Mas isso não é regra: muitos pensam que, como os pecados foram transferidos para as aves, elas não devem ser servidas como alimento, então são descartadas depois de serem brutalmente degoladas.

O processo contra o centro judaico foi apresentado recentemente no Tribunal Superior de Los Angeles pela Liga de Proteção e Resgate dos Animais, que pede uma liminar para bloquear a prática. A alegação é que, como as aves são descartadas depois de assassinadas, elas não são usadas como alimento – o que viola a lei dos direitos animais, segundo o Los Angeles Times.

Há uma alternativa para a tradição: os pecados podem ser transferidos para uma quantidade de dinheiro, que depois é doada aos mais pobres. As organizações defensoras dos direitos animais argumentam que, como há opção além do assassinato de animais, não há necessidade alguma de que as mortes ocorram.


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