Cem pessoas do Partido Espanhol dos Direitos Animais e do Meio Ambiente (PACMA) realizaram protesto neste domingo (12/05) contra o uso de ‘burros táxis’, nos quais os animais são utilizados para transportar turistas pela cidade de Mijas, na província de Málaga.
“Os animais são obrigados a trabalhar 365 dias por ano em condições extremas, sem preocupação com sua saúde”, disse Cristina García, vice-presidente do PACMA e candidata às eleições da União Europeia. “Mijas precisa evoluir e oferecer aos turistas um serviço e uma forma de conhecer a área que sejam respeitosos com os animais. Os burros de Mijas são emblemáticos e devem ser tratados com dignidade e respeito.”
O grupo de direitos animais quer acabar com a exploração animal em Mijas e melhorar as condições de vida desses burros. Para isso, eles apresentaram uma série de alternativas para acabar com a prática, mantendo empregos e turismo em Mijas ‘sem exploração’.
No entanto, o diálogo entre ativistas e os condutores de burros é ‘basicamente inexistente’, reconhece García. Já as conversas com a prefeitura também vêm ocorrendo há anos e sempre acabam sendo interrompidas, realizando encontros com todas as entidades governamentais possíveis, mas sem acordo alcançado. “A resposta sempre foi a mesma”, disse Garcia.
Segundo a vice-presidente do PACMA, eles mostram disposição para agir, melhorar as condições e modificar os códigos municipais, mas são sempre promessas vazias. Apesar disso, afirmam que a prefeitura continua a defender os ‘burros táxis’, com alguns membros do organização até mesmo recebendo ameaças físicas como resultado de sua oposição.
Residentes de Mijas, como Adoración Ponferrada, também compareceram ao protesto. “Os burros não têm um lugar para descansar onde possam deitar, mas isso não importa para os condutores, eles só querem explorá-los”, disse ela à agência de notícias EFE.
A moradora de Mijas afirma ter passado pela praça onde os burros são mantidos muitas vezes e observou como os condutores estavam no celular, sem se importar com o bem-estar dos animais.
Outra moradora, Elena Girbal, instou o conselho de Mijas a evoluir. “Eles precisam se colocar no lugar dos animais, são seres vivos que sentem e sofrem”, declarou. “É vergonhoso que uma cidade tão bonita tenha uma imagem tão terrível. Algumas pessoas não a visitam por causa disso.”