(da Redação)
Ativistas do grupo de direitos dos animais AnimaNaturalis protestaram em Guanajuato, uma cidade no centro do México, contra a inclusão de touradas pela primeira vez no Festival Internacional Cervantino, o maior evento cultural do país.
Com “bandarilhas” coladas ao corpo coberto de sangue falso, um manifestante simulou a condição de um touro, no decurso de uma tourada.
A diretora da AnimaNaturalis no México, Leonora Esquivel, disse à EFE que a organização vai enviar cartas para o governador de Guanajuato e organizadores do festival para exigir que eles retirem a corridas de touros da programação.
“As pessoas estão envergonhadas em Guanajuato, por ter sido incluído um espetáculo cruel em um festival que era puramente cultural”, disse Esquivel.
A organização afirmou em um comunicado que a tourada é “próprio de sociedades com atraso ético e moral” e é um espetáculo de sadismo.
Os touros são tratados “sem a contrapartida mínima moral para os seres vivos” e são “centros de tortura institucionalizada”, disse a AnimaNaturalis.
A 37ª edição do festival, que é um dos eventos culturais mais importantes das Américas, decorre de 14 outubro a 1 novembro, com a província canadense de Quebec como convidada especial.
O festival deste ano contará com 2.300 artistas de 25 países e espera atrair pelo menos 500 mil pessoas.