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PEDIDO POR MUDANÇA

Ativistas protestam contra a venda de animais durante aniversário do Mercado Central

Maioria das lojas que vendiam animais encerraram esse comércio macabro. Nove persistem

7 de setembro de 2025
Caio Diogo
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Durante as comemorações dos 96 anos do Mercado Central de Belo Horizonte, ativistas pelos direitos dos animais estão realizando na manhã deste domingo (07/09) um protesto contra a venda de animais vivos que ainda persiste no local. Além de cruel, esse comércio representa risco sanitário e prejudica a imagem turística da capital mineira.

Participante do ato, Adriana Araújo, coordenadora do Movimento Mineiro pelos Direitos Animais, reforça que a luta é antiga e que já obteve avanços.

“Nossa luta é antiga. Ao longo do tempo, a grande maioria das lojas que comercializavam animais vivos no Mercado Central de BH encerrou tais vendas, pois a sociedade foi se conscientizando da inadequação desse comércio quanto ao sofrimento animal, incompatibilidade sanitária, comprometimento da imagem do Mercado Central e desnecessidade disso. Atualmente, restam ainda nove lojas que insistem em caminhar na contramão, e não pararemos até que todas as jaulas, gaiolas e aquários estejam vazios”, ressaltou.

Além de faixas e cartazes, os manifestantes estão promovendo buzinaço próximo à entrada principal do Mercado Central. O ato recebe apoio de transeuntes, motoristas e até de frequentadores que participam das comemorações de aniversário do espaço. Um deles é Rafael Almeida, de 30 anos. “Esse comércio jamais deveria acontecer. Ele mancha a imagem do Mercado, que é um lugar tão bacana”, assinalou.

MPMG fez operação no MC em 2023

A venda de animais no Mercado Central é alvo de polêmicas, denúncias e protestos há anos. Em dezembro de 2023, por exemplo, mais de 250 animais foram apreendidos no local durante uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e de outras entidades fiscalizadoras, em razão de condições de maus tratos como gaiolas sujas e lotadas, além da falta de água e alimento.

A ação resultou na prisão de um comerciante e no encaminhamento dos animais para tratamento veterinário, além da abertura de processos judiciais

Adriana lembra ainda que existe uma ação civil pública, proposta pelas Promotorias de Justiça do Meio Ambiente, Saúde e Defesa do Consumidor do MPMG, que pede o fim da venda de animais no Mercado Central.

“Contamos com o bom senso e responsabilidade constitucional dos desembargadores do TJMG para julgarem em segunda instância favoravelmente pelo derradeiro fim deste perverso e cada vez mais condenado comércio. BH merece e urge dar este passo civilizatório e evolutivo.”

Recentemente, durante a 10ª Corrida do Mercado Central, ativistas também realizaram um protesto ao longo do evento. Eles prometem intensificar as mobilizações até que a comercialização de animais vivos seja definitivamente encerrada no local.

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