Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais
No mês passado, o time de futebol da universidade LSU anunciou que o tigre Mike, considerada a “mascote” do time, foi diagnosticado com uma forma rara de câncer e começou a receber um tratamento anteriormente utilizado apenas em seres humanos.
Em resposta à notícia, a PETA enviou uma carta para a escola no dia 24 de maio, na qual pressionava a instituição a não explorar mais animais, diz o Washington Post.
“[Tigres em cativeiro] vivem confinamentos perpétuos, experimentam desconforto e estresse e, nos jogos da LSU, são submetidos a um bombardeio constante de luzes e de atividade desorientadoras. “Muitas vezes, eles desenvolvem comportamentos neuróticos e autodestrutivos”, dizia a carta.
Todas as escolas que usam animais vivos como “mascotes” também têm a prática de manter uma versão fantasiada do animal. Então, por que usar os dois?
A resposta parece ser no que tantas universidades se baseiam: tradição. Apesar das objeções de grupos de direitos animais , o uso de “mascotes animais”, em esportes universitários chamou atenção recentemente devido à morte ou substituição dos animais nos EUA.
A Marinha dos Estados Unidos, que sempre usa duas cabras em aparições de jogos de futebol, já começou a explorar outros animais durante o outono para substituir os usados atualmente.
A tradição de usar os animais começou em 1893 em um jogo entre a Marinha e o Exército.
Embora haja alegações que os animais são levados aos melhores veterinários, o Fundo de Defesa Legal para os Animais (ALDF) aponta que as multidões barulhentas e os canhões usados nos jogos de futebol não fazem parte do habitat natural desses animais.
O ALDF espera que as universidades acabem com a tradição e siga o exemplo do circo Ringling Brothers, que decidiu parar de usar elefantes em seus espetáculos.
Carney Anne Nasser, conselheira para a vida selvagem e assuntos Regulatórios da ALDF, disse que a organização enxerga paralelos com o uso de animais vivos como “mascotes”.
“Os eventos esportivos de uma universidade são semelhantes a um circo, que podem continuar entretendo o público sem animais”, disse Nasser ao The Post.
Alguns fãs responderiam que as “mascotes” de sua escola fazem parte da experiência de assistir a um jogo.
A diretora de relações públicas da Marinha Jenny Erickson e Michael Kaltenmark, diretor de relações externas da Universidade do Texas A&M, dizem que os animais são introduzidos a esse ambiente com muitas pessoas e ruídos aleatórios precocemente, para que possam se adaptar ao sofrimento e estresse.