Por Danielle Bohnen (da Redação)
As entidades AnimaNaturalis, PETA (People for the Ethical Treatment of Animals), PACMA (Partido Antitaurino Contra el Maltrato Animal), AnimaNaturalis e ANIMAL protestaram pelo 9º ano consecutivo contra a crueldade dos encierros e corridas de touros da cidade de Pamplona, Navarra, Espanha.
A festividade, que começa dia 07 de julho e termina no dia 14, é muito popular na cidade desde a época medieval e tem como finalidade celebrar o dia de San Fermín. Além de danças, música e indumentárias características, a festa conta com os fomosos encierros, que consistem em reunir a população às 8 horas da manhã para percorrer 849 metros em frente aos touros que passam a noite inteira encarcerados à espera deste momento.
No último dia 07, cerca de 90 ativistas se reuniram em frente ao palácio municipal de Pamplona. Seminus e com os corpos pintados de preto e vermelho, eles formaram, no chão, a figura de um touro morto para representar “a agonia e o sofrimento destes animais ao morrer em qualquer ato taurino”. Os manifestantes reivindicam a “abolição da tauromaquia” e os encierros de San Fermín. Muitas pessoas se reuniram junto aos ativistas com cartazes que diziam: “os touros têm morte sangrenta em Pamplona”; “Basta! Sem mais corridas de touros”; etc.
Os ativistas chegaram de diversas partes do Estado de Navarra e também de outros países como Portugal, Estados Unidos, Inglaterra e Grécia. A fim de informar sobre os motivos da manifestação e a forma que se dão as “festividades” com touros, PETA e AnimaNaturalis distribuiram folhetos informativos em espanhol, inglês, alemão e japonês.
A representante Aída Gascón explicou sobre a dificuldade de conseguir adeptos em Pamplona, mas assegurou que continuarão protestando ano após ano. “Queremos que os turistas estejam conscientes de que o encierro significa tortura para os touros. Muitos turistas não sabem que os touros sofrem ao correr, então, explicamos que os animais não se divertem perseguindo as pessoas e que, na realidade, estão fugindo. Além disso, os animais terminam na praça onde encravam-lhes banderillas (vara de madeira com adornos coloridos) e espadas até morrerem”, explica.
Gascón pede aos vizinhos de Pamplona que pensem em outras formas de diversão que não seja correr com os touros, utilizando outros sistemas e modificando a festa para uma forma ética que não significa sofrimento para os animais. Agrega que “não só em Pamplona animais são torturados, senão quase em todos os povos da Espanha, como em Tordesillas, onde torturam o touro até a morte”, destaca.
Em contrapartida, Gascón ressalta que este ano houve mais participantes na manifestação, o que os fazem mais otimistas em relação à abolição da tauromaquia. Além disso, afirmou que, na Espanha, “estão realizando-se muitas mobilizações e iniciativas para tentar proibir as touradas”.
Agrega ainda que ajudas econômicas “são as que mantêm este espetáculo que dá dinheiro a poucas pessoas e custa um valor muito elevado todos os espanhóis”. Por último, a ativista lembra da Iniciativa Legislativa Popular em Catalunha para proibir as corridos de touros, aponta sua esperança que muitas cidades de unam à iniciativa de Catalunha.
Com informações da AnimaNaturalis.org