(da Redação)
Um advogado de duas ativistas líderes da tribo americana dos Cherokees deu entrada em uma notificação com intenção de processar os operadores do Cherokee Bear Park por estarem violando a Lei Federal de Espécies Ameaçadas. A lei permite que os cidadãos movam ações por violações, mas concede um prazo de 60 dias para os violadores se pronunciarem junto aos reguladores federais, disse James Whitlock, advogado das ativistas Amy Walker e Peggy Hill. As informações são da Global Animal.
Se o parque não conseguir um acordo, o próximo passo é mover uma ação federal, disse ele.
Segundo os denunciantes, os ursos são mantidos em pequenas gaiolas em poços de concreto.
“O Cherokee Bear Zoo é um cemitério de concreto a céu aberto para estes inteligentes animais, e deveria deixar de ser esse local desprezível para se tornar um lugar onde os animais são cuidados, e não abusados e negligenciados”, disse Walker .
Os proprietários do parque não foram localizados.
Essa é a mais recente ação na longa campanha pública para fechar três parques de ursos na reserva indiana dos Cherokees: Cherokee Bear Zoo, Chief Saunooke Bear Park e Santa’s Land.
No início deste ano, onze ursos do Chief Saunooke Bear Park, incluindo três ursos pardos, foram levados para um santuário de 200 km² no Texas. A medida foi tomada após o Departamento de Agricultura, que aplica a Lei Federal de Bem-Estar Animal, ter suspendido a licença do parque para exibição de animais e ter multado o proprietário em 20 mil dólares por condições “desumanas”.
Os inspetores descobriram que o zoológico não estava oferecendo aos ursos comida apropriada, cuidado veterinário e jaulas seguras.
O advogado que está cuidando do caso disse que quatro ursos pardos adultos do Cherokee Bear Park “estavam todos exibindo danos psicológicos e profundo stress físico como resultado do modo cruel como são tratados”.
A reclamação inclui a informação de que os ursos são obrigados a pedir comida para os turistas e definhar em jaulas úmidas. As ativistas querem que os ursos sejam realocados em um santuário onde possam viver em um habitat amplo e parecido com seu habitat natural, e “finalmente possam saber o que é viver como ursos”.
Ao longo dos anos, o PETA apresentou queixas aos órgãos reguladores e líderes Cherokees sobre as condições péssimas de vida dos ursos.
No ano passado, a ONG colocou outdoors na área chamando os zoológicos de ursos de “prisões”, e divulgou a notícia de que uma menina de nove anos de idade foi mordida enquanto alimentava um filhote de urso.
Walker, Hill e líderes tribais aderiram à causa após terem assistido um vídeo que mostrava ursos balançando para frente e para trás e andando em círculos dentro das pequenas jaulas.
Eles afirmam que os ursos ocupam um lugar “espiritual” na história Cherokee, e em fevereiro pressionaram o Conselho tribal a forçar os zoológicos a libertar os ursos.
Mas o Conselho declinou tomar uma providência. O chefe Michell Hicks disse em um comunicado que queria dar aos proprietários de zoológicos a oportunidade de criar uma área de preservação de vida selvagem na reserva.
As autoridades da tribo dos Cherokees têm permitido enjaular animais como atração para o turismo desde os anos 50.
Por anos, a comunidade da região pitoresca das Montanhas Blue Ridge dependeu de sua paisagem natural e da vida selvagem – com trilhas, riachos e corredeiras – para atrair turistas. Mas agora, muitas pessoas vão para a área atraídas por um cassino que foi inaugurado na reserva em 1997.