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Ativistas lutam pelo boicote à matança de focas canadenses

11 de dezembro de 2013
3 min. de leitura
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Por Vinicius Siqueira (da Redação)

Filhote de foca e sua mãe, juntos em uma geleira da costa de Quebec, poucas semanas antes da caça anual - leia-se, massacre - de focas na região. (Foto: David Boily/AFP/Getty Images)
Filhote de foca e sua mãe, juntos em uma geleira da costa de Quebec, poucas semanas antes da caça anual – leia-se, massacre – de focas na região. (Foto: David Boily/AFP/Getty Images)

Uma onda de ativismo vem acompanhando os últimos anos na China. Na última semana, o país começou a fazer parte das 30 nações que decidiram proibir a comercialização de marfim e torná-lo um crime sério reforçado por leis internacionais.

Esta semana, há rumores de que a China também entrará para o conjunto de países que protestam contra a matança de focas no Canadá. As informações são do One Green Planet.

Os assassinatos perpetrados pela caça às focas no Canadá já foram longe demais. O site HarpSeals.org fornece uma pesquisa extensiva sobre a caça, “Os filhotes de foca são famosos por terem grandes olhos pretos uma linda pele branca… Mas esta linda e dócil criatura infelizmente sofre anualmente o maior massacre de mamíferos marinhos em todo o planeta”.

O site continua, “toda primavera, inúmeras focas grávidas se reúnem no litoral canadense em meio às calotas de gelo para dar à luz aos seus filhotes. Cerca de 95% das focas mortas nas caças têm de 3 semanas à 3 meses”.

Os filhotes são mortos por suas peles, e a maioria é exportada para outros países, segundo organizações de defesa animal. Como as tentativas de fazer do massacre aos golfinhos um crime não funcionou até agora, grupos de proteção animal focaram seus esforços em impulsionar um boicote ao Canadá e banir a importação de qualquer pele de foca.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

 

Dentre os países que baniram a importação do Canadá de produtos derivados da pele ou carne de focas estão os Estados Unidos, México, Croácia, Rússia, Cazaquistão, Belarus, Taiwan e toda a União Europeia.

Agora, há a novidade de que a China também estaria entrando para este grupo de países que se opõe à caça de focas. O Global News informa que o Canadá estava procurando na China um comprador potencial de produtos de focas desde o momento em que diversos outros países pararam de comprar.

Contudo, eles informam que “o governo chinês pode estar ponderando sobre uma proibição. Protestos na China demandam que seu governo corte laços com o Canadá e sua matança de focas, o que sugere uma futura oposição formal do governo contra a importação. Neste mês, ativistas chineses protestaram contra a delegação de pesca do país na Exposição Internacional de Pesca e Comida do Mar em Dailian”.

Foto: Care2
Foto: Care2

China ainda tem um longo caminho a percorrer com políticas de bem-estar animal, mas a população tem se organizado e cobrado cada vez mais para que o país se modernize em relação ao status dos animais dentro da sociedade.

Cada vez mais os cidadãos da China estão tomando mais conhecimento sobre a luta pelos direitos animais e por seus próprio meios realizam todas as ações possíveis para combater a exploração animal, como o resgate de 600 gatos que seriam mortos. Um grupo de proteção parou o caminhão que os carregava e retirou 32 gaiolas repletas de animais em péssimo estado de saúde.

A China não tem leis específicas para os maus-tratos aos animais, entretanto, os ativistas chineses estão se esforçando para conseguir um lobby junto ao seu governo e propôr leis originais para a proteção animal.

A visão chinesa sobre as outras espécies não é mais a da pura instrumentalização, segundo as organizações locais, já que a população está tomando consciência da crueldade que envolve toda a exploração animal e da futilidade que é o consumo de carne.

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