A organização em defesa dos direitos animais PETA anunciou, nessa sexta-feira, que entrará com uma ação legal contra o Ministério britânico da Defesa por se recusar a testar uma versão de pele falsa dos tradicionais chapéus de pele de urso usados pela guarda cerimonial.
Os chapéus altos pretos, usados pelos regimentos de elite, inclusive durante a cerimônia da troca da guarda na frente do Palácio de Buckingham, são um dos símbolos mais conhecidos do Reino Unido.
A instituição Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (PETA), que faz campanha pela suspensão do uso de pele de ursos-pretos canadenses na indumentária tradicional, desenvolveu um protótipo de chapéu feito de material acrílico peludo.
“Solicitamos a intervenção da Justiça para que o Ministério da Defesa avalie plenamente o informe e tome uma nova decisão, após avaliação justa do protótipo”, afirmou a advogada da entidade, Lorna Hackett.
“Eles se recusam a testá-lo, o que se comprometeram a fazer várias vezes ao longo dos anos”, disse a diretora de campanha da PETA, Kate Werner, à AFP.
A PETA submeteu a pele falsa a testes em um laboratório credenciado por esse ministério e afirma que ela cumpre os critérios exigidos quanto à resistência à compressão e à água.
“Recebemos uma demanda legal em relação a este assunto e não podemos comentar especificamente os procedimentos legais em curso”, declarou um porta-voz do Ministério da Defesa.
No início deste ano, o governo declarou que “não tem planos” de fazer qualquer mudança, afirmando que a pele falsa defendida pela PETA “não alcança os padrões necessários para fornecer um substituto eficaz para nossos chapéus cerimoniais de pele de urso”.
A PETA também pediu ao rei Charles III que mude as vestes de arminho por pele sintética em sua cerimônia de coroação do ano que vem.
Fonte: Extra