No dia 2 de março, dez ativistas em defesa dos direitos animais realizaram uma intervenção na exposição “Nuestros Caballos”, realizada no predio ferial “La Rural” na cidade de Buenos Aires, Argentina. Os ativistas atravessaram a pista do evento, exibindo cartazes com mensagens contra o maltrato animal, como “Não é cultura, é violência”, “Veganismo ou abuso animal” e “Liberación Animal”. No entanto, sua ação foi interrompida violentamente por alguns dos participantes do evento, que os perseguiram a cavalo.

A exposição “Nuestros Caballos” contava com a presença de 100 expositores, 3.000 criadores, 1.000 cavalos e 80.000 visitantes. Durante a intervenção dos ativistas, alguns dos cavaleiros presentes começaram a perseguir os manifestantes com seus cavalos. Em um incidente, um dos cavalos pisoteou uma das faixas que os ativistas carregavam, arrastando um dos manifestantes enquanto corria.

Essa não é a primeira vez que ativistas em defesa dos direitos animais enfrentam hostilidade durante manifestações semelhantes na Argentina. Em 29 de agosto de 2019, durante a Exposição Rural de Palermo, aproximadamente quarenta ativistas foram agredidos com chicotes e ameaçados com facões após interromperem o evento com cartazes que declaravam “Basta de matar animais”. No entanto, comparativamente, o recente incidente parece ter tido menos violência contra os manifestantes.

Esse tipo de ação não é exclusivo da Argentina. Em outros países, ativistas dos direitos animais também têm utilizado interrupções em eventos como uma tática de protesto. No Reino Unido, por exemplo, no ano passado várias corridas de cavalos foram interrompidas por ativistas. Além disso, corridas de touros em países como França e Espanha também foram alvo de interrupções em anos anteriores.