Ativistas da organização Animal Rising protagonizaram uma incursão no Hipódromo de Towcester, numa tentativa de interromper as corridas do English Greyhound Derby.
O hipódromo informou que a ação resultou em “milhares de libras” em despesas com segurança, porém, apesar disso, a corrida não foi suspensa.
Antes do evento, a polícia de Northamptonshire deteve três ativistas em defesa dos direitos animais.
Segundo a Animal Rising, seus membros adentraram a pista e escalaram andaimes ao redor de uma grande tela.
A polícia de Northamptonshire afirmou que mobilizou oficiais especializados para trabalharem “em conjunto com a segurança do local, a fim de remover três pessoas que invadiram ilegalmente a área”.
Um porta-voz policial declarou que uma “operação policial significativa” foi montada para o evento, em resposta a ameaças prévias dos ativistas da Animal Rising, que anunciaram a intenção de interrompê-lo.
Dois homens, de 41 e 26 anos, e uma mulher, de 33 anos, foram detidos antes do evento no âmbito de uma “operação de segurança pública”, com apoio da Polícia Metropolitana.
O Chefe Inspetor Pete Basham afirmou antes do acontecimento que os oficiais “facilitariam os direitos das pessoas de protestar legalmente”, mas advertiu que qualquer manifestante que perturbasse o evento seria tratado “com firmeza caso transgredisse a lei e prejudicasse o entretenimento dos espectadores, que compareceram para assistir às corridas”.
Kevin Boothby, diretor administrativo do hipódromo, havia ressaltado anteriormente que as “intenções ilegais e imprudentes” dos ativistas já haviam acarretado um custo significativo para a operação.
“Dezenas de milhares de libras foram investidas em medidas de segurança adicionais, as quais serão perceptíveis durante toda a noite, até mesmo para os frequentadores casuais”, enfatizou.
Ele ainda relatou ter se reunido com membros da Animal Rising para que estes pudessem comunicar seus planos para a noite e aproveitou a oportunidade para “reiterar nossas principais preocupações”.
Em contrapartida, um representante da Animal Rising afirmou que os indivíduos presos eram “apoiadores pacíficos que estavam tentando proteger os cães”.
Nesse contexto, é importante ressaltar a crescente crítica à exploração de galgos em corridas. Esses animais são frequentemente submetidos a condições desumanas, treinamentos cruéis e uma vida de confinamento, resultando em sérios danos físicos e psicológicos.
A busca por lucro e entretenimento não pode justificar o sofrimento e exploração desses animais inocentes. As ações dos ativistas refletem a crescente conscientização sobre essa prática e reforçam a necessidade de repensarmos a indústria de corridas de galgos, em prol do respeito à vida e bem-estar desses seres vivos.