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MASSACRE

Ativistas em defesa dos direitos animais denunciam mortes em massa de cães no Marrocos antes da Copa do Mundo de 2030

17 de março de 2025
Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Enquanto o Marrocos se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2030, um cenário sombrio e cruel se espalha pelas ruas do país. Relatos de ativistas em defesa dos direitos animais revelam uma campanha sistemática de extermínio de cães em situação de rua e abandono, que já teria ceifado a vida de milhares de animais. Cães estão sendo envenenados, esfaqueados e mortos de maneiras brutais, tudo em nome de uma suposta “limpeza” para o evento esportivo e o turismo. Essa prática, além de covarde, coloca em xeque as promessas feitas pelo governo marroquino à FIFA de que a crueldade contra animais seria coisa do passado.

Apesar das garantias, a realidade é bem diferente. Enquanto estádios são construídos e a infraestrutura do país é modernizada, os animais pagam o preço mais alto. Cães, muitos deles dóceis e indefesos, são mortos de forma violenta, muitas vezes em praças públicas, diante de crianças e famílias. A justificativa do governo? O controle da raiva, uma doença que, de fato, exige atenção, mas que poderia ser combatida com métodos muito mais humanos e eficazes.

A falácia da raiva e a negligência de soluções éticas

Especialistas em bem-estar animal apontam que o extermínio em massa não é a solução. Programas como o Trap Neuter Release (TNR), que consiste em capturar, esterilizar e devolver os animais às ruas, já se mostraram eficazes em diversos países. Esse método não apenas controla a população de cães de forma humana, mas também reduz a propagação de doenças, sem recorrer à violência. No entanto, o Marrocos insiste em métodos brutais, revelando uma falta de vontade política para adotar soluções éticas e sustentáveis.

A escolha pelo extermínio em massa é, acima de tudo, uma demonstração de desrespeito à vida animal. Em vez de investir em educação, saúde pública e programas de esterilização, o país opta pelo caminho mais fácil — e mais cruel. Essa política não só ignora o avanço científico, mas também desconsidera o valor intrínseco da vida dos animais, tratando-os como meros obstáculos a serem eliminados.

Foto: Divulgação

A FIFA e o silêncio que condena

Enquanto isso, a FIFA, organização responsável pela Copa do Mundo, permanece em silêncio. Apesar das garantias iniciais de que a crueldade animal não seria tolerada, a entidade parece fechar os olhos para o banho de sangue que ocorre sob seu nariz. A FIFA não pode se esconder atrás de promessas vazias ou de um suposto “não envolvimento” na política interna do país-sede. Como principal beneficiária do evento, a organização tem a responsabilidade moral — e, por que não, legal — de exigir que os direitos animais sejam respeitados.

A Copa do Mundo é um evento global, assistido por bilhões de pessoas em todo o mundo. A imagem que o Marrocos e a FIFA estão projetando é a de uma sociedade que valoriza mais a estética e o lucro do que a vida e a compaixão. Enquanto o mundo se prepara para celebrar o futebol em 2030, os animais são massacrados em nome de uma suposta “limpeza”. Que mensagem isso envia ao mundo? Que tipo de legado queremos deixar para as futuras gerações?

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