Por Augusta Scheer (da Redação)
O Departamento de Agricultura do governo dos Estados Unidos vem sendo bastante criticado pelas medidas cruéis que vem tomando para combater a epidemia de gripe aviária, doença que atualmente assola as aves aprisionadas no país. As informações são do New York Times.
Dentre as entidades que se opuseram à atuação do Departamento, destaca-se a Humane Society, que enviou uma carta às autoridades e vem denunciando a brutalidade da agência diante da epidemia de gripe aviária.
Veterinário do Departamento de Agricultura, John Clifford considera que a maneira “mais humana e eficiente” de combater a disseminação da doença seria desligar os sistemas de ventilação em celeiros usados para aprisionar aves. O veterinário compara essa “solução” aos métodos já empregados pelo Departamento no começo do ano, quando dezenas de milhares de pássaros foram mortos por sufocamento com gás ou espuma. Esses assassinatos se deram principalmente nos estados de Iowa, Minnesota e Missouri.
A Humane Society lembra que o problema só existe por causa da criação em escala industrial de aves para consumo, prática repulsiva condenada pela organização. Numa carta enviada ao Departamento de Agricultura na semana passada, a entidade condena a “solução” sugerida por John Clifford. Para a Humane Society, desligar a ventilação seria “essencialmente, escaldar as aves, levando à morte em massa.” O grupo considera o método terrível e afirma que deve ser descartado.
Desconsiderando todos os apelos de defensores de animais, o Departamento de Agricultura considera que uma das prioridades é matar os pássaros assim que o vírus é detectado em uma fazenda, para impedir que a doença se espalhe. A agência vem perpetrando essas atrocidades junto aos produtores da indústria avícola, os quais se reunirão esse mês a portas fechadas para discutir a epidemia.
Nota da Redação: Confinadas, exploradas e cruelmente mortas: esse é o destino de aves mantidas em granja para o consumo humano. A culpa pela matança dos animais, seja para consumo ou para uma suposta contenção de doenças contagiosas, foi nosso desejo de consumi-las e ganância humana de lucrar às custas de seres inocentes estimulando a reprodução em massa e mantendo os animais em condições anti-naturais gerando danos emocionais e ambientais que provocam a existência e o aumento de tais doenças.