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Ativistas defendem a saída de leões de zoológicos e a criação de santuários

2 de agosto de 2015
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

A morte do leão Cecil no Parque Nacional de Hwange (Zimbábue) sensibilizou pessoas em todo o mundo para a importância de proteger os felinos. Um dos mais famosos leões da África, Cecil foi atraído e morto com flechas e tiros por um dentista norte-americano. Em Minas, onde leões são mantidos em cativeiro em zoológicos, há ativistas contrários à manutenção dos animais nesses espaços e a recente transferência de responsabilidade sobre a fauna da esfera federal para a estadual levanta dúvidas sobre a fiscalização das condições dos felinos.
Com a promulgação da Lei 4.787/13, que proibiu em Minas a manutenção e a apresentação de animais em espetáculos circenses, os leões foram transferidos para zoológicos. O leão Sansão, último a permanecer em um circo no estado, foi levado para um zoológico no Espírito Santo. Nem o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) nem o Instituto Estadual de Florestas (IEF) souberam informar quantos leões há em cativeiro em Minas. Recentemente, houve transferência de responsabilidade de fiscalização e cuidado da fauna em Minas do órgão federal para o estadual.
Ativistas têm dúvidas sobre as vantagens dessa transferência. “O Ibama tem mais técnicos e competência para tratar de animais exóticos, como o leão”, defende Franklin Oliveira, coordenador do núcleo Fauna e Defesa Nacional, grupo que reúne ONGs defensoras dos direitos animais. Oliveira defende que leões não sejam mantidos nem em zoológicos. Para ele, o ideal seria a criação de santuários – ambientes parecidos com o habitat dos felinos.
A ativista Adriana Araujo, que integra o Movimento Mineiro pelos Direitos Animais, também é contrária à criação dos leões em cativeiros. “Os zoológicos não têm nada de educativos”, critica. Para defender a tese, Adriana lembra que, em 2011, dois leões morreram em Pouso Alegre, no Sul de Minas, vítimas de maus-tratos. Uma das principais articuladoras do movimento em apoio à Lei 4.787/13, Adriana atua para a aprovação no Congresso Nacional do substitutivo ao projeto 7.291/06, que proíbe o emprego de animais da fauna silvestre brasileira e exótica na atividade circense. Atualmente, 14 estados já sancionaram leis proibitivas.
Fonte: Estado de Minas

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