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MINAS GERAIS

Ativistas da causa animal de BH denunciam sumiço de cães comunitários que viviam na mata do Hospital da Baleia

O hospital vem sendo duramente criticado e cobrado por políticos, protetores e ativistas da causa animal pela ação que culminou no desaparecimento de três cães que viviam na mata da Baleia

29 de abril de 2025
4 min. de leitura
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Foto: Divulgação

Há quase três semanas os protetores que cuidavam de três cães comunitários na região da mata e hospital da Baleia, batizados com os nomes de Sansão, Dalila e Black, buscam por notícias sobre o paradeiro destes animais, depois que o Centro de Controle de Zoonoses de Belo Horizonte (MG) teria sido acionado pelo próprio hospital para retirar os cães do local, sob a alegação de que estariam rosnando e investindo em pacientes e funcionários.

Com a denúncia nas redes sociais pelo grupo de cuidadores destes animais, como a protetora Aline Franco, o hospital soltou uma nota justificando que precisaram priorizar o bem-estar das pessoas, evitando assim riscos de zoonoses e ataques, o que espantou os protetores, por eles viverem no local já há algum tempo e, nunca ter havido tais ocorrências, além do fato de serem todos vacinados, chipados e castrados, não oferecendo risco de contaminação à pessoas e outros animais, à princípio.

“Eles ficavam andando por toda área do hospital, mas na maioria do tempo ficavam deitados em uma das portarias”, explica Marcela, outra protetora que cuidava dos animais no local.

Nas redes Aline informa que os cães teriam sido levados da mata e soltos entre os bairros Caiçara e Califórnia, na região metropolitana da capital. “Estamos procurando estes cachorros. Precisamos de ajuda. Eles vivem na mata da Baleia e estão perdidos na região noroeste”, diz a protetora em um dos posts.

É importante salientar que, além da Constituição Federal determinar a responsabilidade do estado e sociedade quanto ao impedimento de maus-tratos aos animais, em Minas Gerais a lei de nº 23.949, de 2021, acrescentou paragrafo ao art. 6º da lei nº 21.970/ 2016 – que dispõe sobre a proteção, a identificação e o controle populacional de cães e gatos – incumbindo o poder público de desenvolver estratégias voltadas para a proteção de cães e gatos comunitários, com vistas à promoção da melhoria do bem-estar desses animais, do respeito por eles e de orientação ao público, em geral, quanto aos princípios da tutela responsável e a prevenção de zoonoses. Ou seja, os cães Sansão, Dalila e Black mantinham laços de afeto com a comunidade em que viviam e, precisam ter seus direitos respeitados, neste sentido.

Na última sexta feira (25/04), Sansão teria sido avistado na avenida Juscelino Kubitschek, na região da Teresa Cristina e, dias atrás a cadela Dalila teria sido vista nas proximidades do Parque das Mangabeiras.

Até o momento, nenhuma resposta oficial do município, quanto à atuação do Centro de Controle de Zoonoses foi divulgada.

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