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Ativistas chineses salvam cachorros que estavam a caminho do matadouro

8 de novembro de 2019
4 min. de leitura
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FotoDu Feng/Animal Protection Centre
Foto: Du Feng/Animal Protection Centre

As imagens mostram o momento comovente em que um cachorro roubado derrama “lágrimas de sangue” pelo rosto depois de ser espancado por traficantes de animais. Amontoado em uma gaiola imunda e preso por uma corrente enferrujada, o cão ferido estava entre outros seis que eram levados a um matadouro.

Os animais, alguns dos quais já foram animais domésticos e membros muito amados de famílias, foram encontrados com ferimentos por todo o corpo, por ativistas pelos direitos animais e policiais na província chinesa de Sichuan, que interceptaram o caminhão em que eles eram mantidos presos, na quarta-feira (06/11).

A província montanhosa do sudoeste da China se tornou um ponto de parada muito popular para os comerciantes de carne manterem, venderem e distribuírem cães capturados ilegalmente, de acordo com Du Yufeng, fundadora do Centro de Proteção Animal Bo Ai, na cidade de Guangyuan.

Du, ativista de longa data pelos direitos animais, disse ao Daily Mail que um grande número de cães em situação de rua e animais roubados foram armazenados em diferentes cidades de Sichuan nos dias que antecederam o Yulin Dog Meat Festival no início deste ano.

Os seis cães foram descobertos na parte de trás de um caminhão nas primeiras horas do dia 06, no distrito de Lizhou, em Guangyuan.

Foto: Du Feng/Animal Protection Centre
Foto: Du Feng/Animal Protection Centre

“Eles foram espancados por comerciantes de cães e tiveram ferimentos por todo o corpo”, disse Du.

Um vídeo compartilhado por Du mostra um cão com uma gota de sangue no rosto enquanto está preso dentro de uma gaiola.

Atrás do cão ferido, outro cão pode ser visto choramingando por atenção, desejando ser libertado.

Foto: Du Feng/Animal Protection Centre
Foto: Du Feng/Animal Protection Centre

A polícia foi notificada do veículo suspeito por pessoas que obtiveram as informações por meio de um grupo de bate-papo on-line, de acordo com Du.

Outro vídeo fornecido por Du mostra o motorista do caminhão sendo interrogado por policiais e ativistas.

O homem, vestido com um casaco marrom, inicialmente alegou que os cães eram seus próprios animais domésticos e ele estava se mudando para uma nova casa.

Foto: Du Feng/Animal Protection Centre
Foto: Du Feng/Animal Protection Centre

Mas quando os ativistas perguntaram para onde ele estava indo e como ele havia conseguido os cães, o homem não respondeu.

Todos os seis cães foram resgatados pela polícia no local e agora estão sendo atendidos pelo abrigo de animais de Du.

Du agradeceu a polícia e outros amantes de animais por ajudarem no resgate. Ela se referiu a todos os cães que salvou como seus “filhos”: “Obrigado a todos os voluntários que participaram da campanha de resgate e vigiaram as `crianças` que estavam prestes a serem enviadas ao matadouro”, disse Du.

Foto: Du Feng/Animal Protection Centre
Foto: Du Feng/Animal Protection Centre

Estima-se que 10 milhões de cães sejam mortos por sua carne na China anualmente. Pessoas em alguns outros países asiáticos, como Vietnã e Coreia do Sul, também têm a tradição de comer cães.

O Yulin Dog Meat Festival, realizado no solstício de verão, é um festival de comida condenado no mundo todo que acontece na província de Guangxi, no sul da China.

A cada ano, milhares de cães são cruelmente mortos, esfolados e cozidos com maçaricos antes de serem comidos pelos habitantes locais.

Foto: Du Feng/Animal Protection Centre
Foto: Du Feng/Animal Protection Centre

Um dos restaurantes mais populares da cidade é chamado Yulin No. 1 Crispy Dog Meat.

Du disse: “O inverno está chegando e esta é a estação de alta temporada da indústria sombria ligada ao roubo e morte de animais domésticos. É quando as `crianças` (cães) são atacadas”.

Ela pediu ao público que prestasse mais atenção à indústria e ao submundo do comércio de cães do país e pressionasse o governo para que eles tratassem o assunto de forma transparente e adequada.

Foto: EPA
Foto: EPA

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