Por Natalia Cesana (da Redação)
Em Taiwan, ativistas a favor da proteção animal pediram recentemente ao governo que incentive a população a boicotar espetáculos que tenham apresentação de animais como forma de apoiar um programa de educação ambiental lançado no mês passado.
“A performance animal é um abuso. O público deveria se recusar a visitar lugares que apresentam esse tipo de espetáculo”, disse Chang-Chang, presidente da Life Conservationist Association, durante coletiva de imprensa.
Além disso, os ativistas pedem que a Administração de Proteção Ambiental não emita certificados para que esses lugares funcionem como espaços de educação ambiental.
De acordo com a Lei de Educação Ambiental, que entrou em vigor em junho, todos os professores e estudantes até o ensino médio, funcionários de agências governamentais, de empresas estatais e de organizações que sejam financiadas pelo governo são obrigados a receber quatro horas de educação ambiental a cada ano.
“Alguns empresários rurais recentemente tentaram convencer as escolas que as performances com animais faziam parte do programa de educação ambiental, mas essas apresentações geralmente envolvem porcos saltando através de anéis de fogo ou crocodilos fazendo cabo de guerra”, explicou Ting Shou-chung, membro do Partido Nacionalista Chinês, durante a coletiva.
“Tais performances continuarão a fazer com que as pessoas tratem os animais como bestas e não ensinam nada às pessoas sobre respeito a outros seres”, disse Kurtis Pei, professor do Instituto de Conservação de Vida Selvagem da Universidade Nacional de Pingtung.
Em resposta, Yeh Jiunn-Horng, diretor do Departamento de Planejamento Global da Administração de Proteção Ambiental, declarou que nenhum certificado de educação ambiental foi emitido para nenhuma atividade que envolva apresentações com animais. De acordo com ele, o certificado precisa ser avaliado por 25 pessoas da equipe, que já concordou que este tipo de performance não representa educação ambiental.
De acordo com a Lei de Proteção Animal chinesa, o abuso de animais durante treinamento para desempenho pode resultar em multa que varia de US$ 500 a US$ 2.500.
