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FELICIDADE

Ativistas ajudam gatinho a reencontrar tutores; uma família de refugiados ucranianos que fugiu para os EUA

26 de abril de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Humane Society International

O gatinho Persik (que significa pêssego em ucraniano) reencontrou os seus tutores graças a ajuda da organização em defesa dos direitos animais Humane Society International (HSI). A família do gato emigrou para o Arkansas, nos Estados Unidos, para fugir da guerra, mas, infelizmente, não conseguiram levar o animal doméstico, que ficou sob a guarda de um parente que permaneceu na Ucrânia. Tristes, os tutores pediram ajuda a ativistas, que após muito esforço e negociações entre fronteiras e órgãos sanitários, conseguiu promover o reencontro.

A principal fonte de apoio foi Kelly Donithan, membro da diretoria da HSI. Ela estava na Polônia e prestes a embarcar de volta aos EUA, quando soube da história do gatinho. A ativista conseguiu encontrar Persik e providenciou toda a documentação exigida. Kelly conseguiu embarcá-lo em um voo e fazê-lo entrar nos EUA. O gatinho viajou na cabine junto da ativista e chegou em segurança. Ele ganhou um microchip e não precisou passar por nenhum período de quarentena, pondendo ser reintegrado a sua família imediatamente.

“Sou grata por ter conseguido ajudá-lo e finalente levá-lo para casa. Embora seja uma história incrivelmente especial, ela não é a única. Vemos diariamente exemplos de profunda compaixão na Ucrânia, na Europa e em todo o mundo. Eu fiz o mínimo com os meus recursos. É um momento doloroso e horrível, mas todos esses pequenos atos de bondade estão mantendo e unindo as famílias quando elas mais precisam. Mesmo durante os tempos mais sombrios, fica claro o quanto os animais de estimação significam para suas famílias”, disse Kelly.

Mais um final feliz

O gatinho Miky tem 20 anos e perdeu tudo o que tinha. Os tutores do animal morreram durante a invasão russa e a casa do gato foi destruída por bombardeios. Miky sobreviveu e não tinha nenhuma expectativa em relação ao futuro. Ele foi encontrado em meio a escombros e encaminhado para um abrigo. Lá, ele ficou profundamente deprimido, não queria comer e nem socializar com outros animais. Todos acreditavam que ele morreria em razão da tristeza, do trauma e da saudade que tinha dos seus tutores.

Durante uma operação que levava animais de abrigos da Ucrânia para outros países europeus, Miky foi levado para a França por dois refugiados ucranianos e acolhido pela Société Protectrice des Animaux (SPA). A organização francesa contou a história do gatinho em suas redes sociais e uma enfermeira da Cruz Vermelha ficou profundamente comovida com o sofrimento de Miky. “Ele perdeu todo o rumo e sentimos que ele está machucado na alma”, disse um porta-voz da SPA.

Miky já está no seu novo lar e está trazendo muito carinho e conforto para a sua nova tutora, que trabalha atendendo e ajudando refugiados ucranianos em um centro de acolhimento. Agora, o gatinho poderá viver seus últimos dias em um lar seguro e confortável recebendo todos os cuidados que precisa.

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