Por Raquel Soldera (da Redação)
A associação de defesa dos animais, AnimaNaturalis, acusou o Circo Italiano de estar envolvido em uma rede de tráfico de espécies protegidas, descoberta na semana passada pela Guarda Civil de Madri, na Espanha (veja aqui notícia sobre a operação publicada na ANDA).
Em um comunicado de imprensa, a associação diz que o Circo Italiano, também conhecido como ‘Circus Deros’ ou ‘Hermanos Rossi’, estaria envolvido na rede descoberta no último dia 13 pela Guarda Civil, que culminou na detenção de oito pessoas. Na operação Lobezno, realizada em várias províncias espanholas, os agentes apreenderam vários leões, um tigre, um lobo ibérico, o lince europeu, um guepardo, três pumas, uma águia e vários falcões, que estavam em propriedade do grupo, que vendia os animais pela Internet.
A AnimaNaturalis explicou que durante a turnê em Catalunha, no ano passado, o Circo Italiano foi denunciado por manter dois leões e um tigre sem documentação.
Uma série de manifestações foram organizados pela AnimaNaturalis para pedir à população o boicote dos circos com animais, porque já foi comprovado que os animais sofrem maus-tratos físicos e psicológicos constantes.
“Agora também se tornou público que os responsáveis por este circo estão envolvidos com o tráfico de espécies exóticas e protegidas, o que demonstra mais uma vez a falta de sensibilidade que seus trabalhadores demonstram com os animais”, explicou a coordenadora da campanha da associação contra os circos com animais, Aida Gascón.
A entidade defende que os animais têm “direitos fundamentais, como o direito à vida, à liberdade, a não ser torturado e não ser considerado propriedade”, como declarou em seu site. Por este motivo, convida os municípios que proíbam a apresentação de circos com animais, como já acontece em Barcelona, Girona, Lleida e Tarragona.
Com informações de ABC, ADN e AnimaNaturalis