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COMPAIXÃO

Ativista se dedica a cuidar de cães e famílias em situação de rua que vivem em cemitério

12 de setembro de 2021
Natália Oliveira | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Pasay Pups

Alguns locais nos deixam impressionados pelas suas cores e beleza, que conseguem nos transmitir uma tranquilidade que simplesmente nos transporta para outra dimensão, mas também há lugares que enchem nossa alma de preocupação e angústia ao ver desolação, fome e dor. O cemitério Sardento Mariano, em Manila, nas Filipinas, é um desses locais.

Lá, não estão apenas os corpos daqueles que partiram, mas também estão famílias carentes que usam o local como moradia. Eles usam as pedras dos mausoléus como tetos e paredes para se protegerem dos raios solares e da chuva, junto dessas famílias também é possível encontrar cerca de 150 cães abandonados que dividem o espaço entre os jazigos. Muitos deles sofrem de uma doença chamada sarna sarcóptica, que gradualmente deixa sua pele exposta à medida que perdem o pelo.

Ashley Fruno, fundadora do grupo de resgate local Pasay Pups, quando descobriu este lugar alguns anos atrás, ficou muito chocada com as imagens e com o que encontrou ao visitar o local.

Ela não conseguia descrever a situação, era algo como se tivesse saído de um filme de terror. Ashley e seu grupo de voluntários decidiram que precisavam fazer algo para os animais de Sardento Mariano. Ela e sua equipe não mede esforços para levar um pouco de alegria aos cães que vivem vestidos em dias de sofrimento.

Programa de esterilização

Sarna Sarcóptica, é uma doença de pele contagiosa que provoca muita coceira, causada por um ácaro minúsculo que se espalha rapidamente por meio do contato físico. O sintoma mais comum da sarna é uma coceira intensa na área onde os ácaros se agrupam. Para o tratamento é necessário matar os ácaros e seus ovos com um medicamento que deve ser aplicado do pescoço para baixo e removido após oito horas. Alguns animais já apresentam grande melhora com o tratamento e os pelos crescem novamente e dessa vez saudáveis.

Foto: Reprodução | Pasay Pups

Ashley explica que nas Filipinas, o conceito de propriedade aplicado a cães é, na melhor das hipóteses, amplo. A responsabilidade pelo animal não é regulamentada ou exigida. O tutor pode dar comida para seu cachorro uma vez por semana e deixar o animal morar ao redor da casa, mas muitos desses animais são soltos e vagam pelas ruas tentando encontrar comida.

A jovem acredita que a melhor maneira de ajudar é conscientizando a comunidade, reforçando aos jovens e envolvendo as crianças, pois elas são as mais propensas a aprender e com base nessa aprendizagem é mais fácil chegar aos pais ou adultos. É por isso que todos os voluntários do abrigo Pasay Pups trabalham para conscientizar sobre as responsabilidades que temos com nossos animais domésticos, alertando que eles são seres que sentem, sofrem e merecem amor e carinho.

Todos os dias antes do nascer do sol e o calor se tornar insuportável, eles levam os cachorros para passear fora do cemitério, porque o local é muito quente e a única brisa que circula no local é a dos rabos dos cães que se agitam quando estão correndo ao encontro da equipe. Os animais saem de debaixo dos monumentos de pedra, saltando de imensa alegria. Eles sabem que vão encontrar comida, um check-up médico e aquele amor tão necessário e durante alguns minutos do dia eles podem desfrutar do amor verdadeiro, graças a este grupo de voluntários.

Foto: Reprodução | Pasay Pups

 

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