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MISSÃO

Ativista polonês atravessa fronteira e ajuda mais de 100 animais na Ucrânia

5 de março de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução | Daily Mail | @pan_od_zwierzat

O ativista em defesa dos direitos animais polonês Konrad Kuzminski conseguiu montar uma equipe de voluntários para atravessar a fronteira e ir até a Ucrânia ajudar animais que foram deixados para trás por seus tutores. Até momento, ele conseguiu resgatar, atender e ajudar mais de 100 animais, entre cães, gatos e hamsters. Kuzminski afirma que muitos animais estão sofrendo com a fome, o trauma do abandono e, alguns, estão com sérias lesões em razão de estilhaços dos bombardeios.

Ele explica que todos os animais salvos na Ucrânia são levados para a Polônia, onde ele tem estrutura para reabilitá-los. “Estivemos envolvidos em muitas missões de resgate por lá, resgatando animais que nos falaram ou que foram levados para abrigos. Muitos deles estão mal, estão doentes, famintos ou com membros quebrados. Resgatamos todos os animais que encontramos e os trazemos de volta ao nosso abrigo para serem cuidados”, disse em entrevista ao Daily Mail.

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Konrad e sua equipe estão trabalhando ininterruptamente para salvar o máximo de animais possíveis. “É doloroso ver esses animais sofrendo. Muitos esquecem dos animais em tempos de guerra, o que suponho ser uma consequência natural. Recebi uma ligação de um ucraniano e ele disse que estava morando sozinho, mas tinha um cão e queria que cuidássemos, porque ele ia lutar contra os russos. Encontramo-nos na fronteira e ele estava aos prantos”, lembra.

A Polônia foi o primeiro país a flexibilizar as normas que permitem a entrada de animais sem exigência de documentações rigorosas, o que facilitou a atuação do ativista. “Recebemos centenas de chamadas para ajudar as pessoas com seus animais, algumas pessoas os trazem, mas outras não podem e não querem abandonar seus animais domésticos, então entram em contato conosco. Tentamos ajudar o máximo que podemos, mas às vezes não conseguimos chegar a todos”.

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Ele conta ainda que a situação de alguns animais salvos é profundamente delicada e nem todos os finais são felizes como a equipe gostaria. “Alguns dos cães, gatos e outros animais que recebemos são tão fracos e desnutridos que não há nada que possamos fazer por eles, é muito angustiante. Vimos cães chegarem com as costelas à mostra, muitos sobreviviam se alimentando de fezes. Eles estão psicologicamente muito perturbados”, finalizou.

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