Por Raquel Soldera (da Redação)
A Associação Animal Amnistia de Madri, na Espanha, denunciou o “constante e dramático tráfico de animais reproduzidos em países do leste da Europa”, que pode exceder 200 mil filhotes por ano.
“Geralmente os filhotes têm de suportar três dias de viagem para chegar ao seu destino, em caminhões com mais de uma centena de animais, o que torna impossível para os condutores uma atenção adequada a estes animais, até para alimentar três vezes por dia”, relata a associação.
“Um grande número de filhotes morre, porque não resiste à fome, sede, doença e medo, e aqueles que conseguem sobreviver geralmente são infectados com o parvo ou cinomose”.
A associação garante que em seus países de origem, “nos criadouros de animais, as cadelas ficam presas parindo ninhadas uma atrás da outra, em recintos escuros, sujos, insalubres e estressantes, onde a comida se mistura às fezes e os animais vivem submetidos a uma exploração sem piedade”.
Segundo a presidente da Associação Amnistia Animal, Matilde Cubillo, “esses cães são comprados pelas pessoas na Espanha, que não sabem o drama por trás desse tráfico execrável”.
A associação disponibilizou um vídeo de um criadouro na Eslováquia. Para assistir, clique aqui.
“O negócio é lucrativo”, diz ela, porque “os filhotes são comprados por cerca de 60 euros e vendidos por 600, 800 e até mais de 1.000 pesos”, embora “na maioria das vezes, os animais morram quando já estão nas mãos das famílias que os escolheram”.
Matilde Cubillo disse que “é inaceitável que um país como a Espanha, onde estão sendo sacrificados milhares de animais todos os anos porque não há canil municipal nem famílias adotivas para eles, ainda permita a entrada de milhares de cães de outros países, estimulando dessa forma um negócio que fornece milhões de dólares anualmente para as pessoas sem escrúpulos que controlam este comércio indecente”.
Com informações de El Mundo e PrensAnimalista