O canil da Associação Barbacenense de Proteção aos Animais está com dificuldades para alimentar mais de 300 cães e depende da ajuda de moradores. A estrutura do local precisa de reforma, mas não há renda suficiente. Não há controle da população de ratos, que dividem o abrigo com os cães. O esgoto corre a céu aberto e algumas portas são escoradas com pedaços de madeira e pedras.
De acordo com a secretaria Lenilce Filardes, o local necessita de verbas da Prefeitura de Barbacena. “Nós estamos esperando o convênio e temos outras pessoas que ajudam. Por enquanto, não tem como reformar o espaço por falta de dinheiro, materiais de construção e mão de obra”, disse. A Administração informou que tenta estabelecer uma nova parceria com a associação.
Por dia, são necessários cerca de R$ 350 para a ração. A quantia é considerada alta para a organização que vive de doações. Faltam remédios, funcionários e material de limpeza. A operadora de telemarketing Ana Cláudia Portela, que é uma voluntária, contou que a luta é diária para conseguir alimentar todos os cães. “Nós recorremos às redes sociais e vamos pedindo ajuda. Pegamos um saco de ração com uma pessoa, outro saco com outra. Às vezes nós vamos buscar até dois quilos de ração só, mas é para evitar que os animais fiquem sem alimentação, que é o básico. Eles já não têm muita coisa; se eles não tiverem pelo menos o que comer, fica muito triste”, disse.
Além dos cães que já sofrem sem alimentação e moradia adequados, há sempre mais chegando, de fora e de dentro. Segundo o presidente da associação, Carlos Eduardo Nascimento, poucos foram castrados e acabam se reproduzindo sem controle no canil. “Nós não temos um veterinário para atuar em um projeto de castração em massa para realizarmos dentro da ONG. Então os animais estão procriando porque as estruturas estão depredadas e não estamos conseguindo controlar essa situação da reprodução”, justificou.
A Prefeitura de Barbacena informou que não tem vinculo com a entidade e que o último convênio foi em 2010. Desde então, a administração municipal tenta estabelecer uma nova parceria entre a Secretaria de Saúde e a associação para que seja feito o repasse de recursos financeiros e mão de obra para o acolhimento dos animais.
Fonte: G1
