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Associação de proteção animal ameaça fechar canil em função de dificuldades financeiras

23 de dezembro de 2010
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(Foto: Reprodução/O Ribatejo)

Por “falta de meios econômicos de sustentabilidade”, a Associação Scalabitana de Protecção Animal (ASPA) ameaça fechar de vez o canil após a próxima assembleia geral, que se realiza já em janeiro de 2011, em Portugal.

Esta informação consta de uma carta dirigida à Câmara Municipal de Santarém, onde a instituição dá conta das graves dificuldades financeiras que enfrenta e informa que vai mesmo vender patrimônio para liquidar dívidas existentes.

Caso os sócios deliberem pelo encerramento das instalações, a associação vai entregar a chave à autarquia para que assuma a sua gestão, “não esquecendo, porém, que estão em causa a sobrevivência e o bem-estar dos animais que nelas habitam”.

Segundo os responsáveis da ASPA, a grande razão desta asfixia financeira está relacionada com os atrasos no pagamento da verba protocolada com a Câmara de Santarém, 2 mil euros mensais.

Segundo conseguimos apurar, a dívida da autarquia à protetora dos animais deverá rondar os 23 mil euros.

Em 2010, a Câmara transferiu para a ASPA um total de 8 mil euros, dos quais 5 mil são referentes ao exercício de 2009.

A vereadora Catarina Maia reconhece a existência da dívida e acrescenta que “até ao final do ano, está programada a transferência de mais uma tranche para a associação, referente às verbas protocoladas”.

“No início de 2011, vamos marcar uma reunião com os responsáveis da associação com vista à revisão deste protocolo”, adiantou ainda a vereadora, para quem “a Câmara terá de adequar os recursos disponíveis à sua própria escala de prioridades, o que pode implicar uma revisão dos valores acordados”.

Na carta, a ASPA dá conta que, apesar de todas as iniciativas que tem feito para equilibrar a situação econômica, está se tornando bastante difícil “manter a sobrevivência dos animais e o emprego do tratador”, único funcionário remunerado da associação.

Neste momento, há “cerca de 180 animais que diariamente necessitam de ser alimentados, limpos, e tratados”, explicam, acrescentando que, anualmente, a associação recolhe “mais de meia centena de animais que vagam pelas ruas” e só “depois de vacinados, desparasitados e chipados” é que entram no sistema de adoção”.

“Só este ano mais de 80 já tiveram um final feliz”, contabiliza a associação, adiantando que tem vindo a desenvolver parcerias com escolas do 2º ciclo de Santarém e do Cartaxo para “fomentar o voluntariado, o não abandono dos animais e a sua socialização”.

Fonte: O Ribatejo

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