Por Simone Gil Mondavi (da Redação – Argentina)
Empregados do cemitério “La Misericordia”, de Santiago do Esteiro na Argentina, denunciaram o assassinato de cães que moravam dentro do prédio. Aparentemente os cães foram envenenados e agonizaram durante pelo menos cinco horas, depois o criminoso os transportou até o interior de um mausoléu, onde arrojou seus corpos ao lado de alguns ataúdes para deixar os cadáveres apodrecerem. Finalmente com forte odor, foi evidente o sucedido, e descobriram os assassinatos. As informações são do El Liberal.
O advogado protecionista Horacio Patto, nesta quinta-feira (21), confirmou que está prestes a realizar a denuncia correspondente, acusando ao principal suspeitoso identificado. “Aparentemente é um pessoa que trabalha no cemitério, que foi identificada por seus próprios parceiros. Há alguns dias havia ameaçado matar aos animais”, afirmou Patto.
Segundo a subdiretora do cemitério, Cristina Ibánez, os animais foram envenenados entre a sexta-feira (15) e o final da semana passado, mas o caso foi revelado apenas há alguns dias, na terça-feira (19) precisamente quando os cadáveres foram descobertas, por o forte cheiro que chamou a atenção ao pessoal do prédio. “Devido ao estado de decomposição no que os corpos se encontravam, decidiu-se cobrir com terra para remover os corpos depois”, disse a funcionaria.
Ibánez também lamentou o acontecimento já que informou que os animais eram considerados parte da família dos trabalhadores do cemitério “Há pessoas que traziam comida para os cães e também os levavam para realizar castração e evitar a proliferação de cães abandonados”, assinalou.
O advogado Patto também expressou sua indignação pela sucessão de casos de maus-tratos “com premeditação e malicia extrema, onde podem se perceber atitudes de sadismo e perversão muito fortes”.
“Evidentemente os animais ingeriram um veneno de qualidade baixa, mas potente, que provoca uma morte muito dolorosa, porque as testemunhas afirmaram que encontraram aos cães com indícios de terem sofrido muitas convulsões, também que tinham sangue no focinho e nas orelhas, além de espuma. O veneno foi muito cruel”, declarou.
Ante o caso, o advogado disse que apresentará a denuncia para pedir que se aplique as penas estabelecidas na lei 14.346 da Argentina, em que contempla o encarceramento dos responsáveis de 15 dias até um ano. Patto admitiu que não são muitos os antecedentes de pessoas punidas com a prisão, recordou que o caso mais recente foi em agosto do ano passado, quando o autor de um caso de violação e assassinato de uma cadela no interior de um hotel foi condenado e permaneceu preso durante um mês.