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Assassino que espancou e matou um cocker, na França, recebe pena branda

23 de julho de 2010
2 min. de leitura
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Por Brenda Buschle  (da Redação – França)

Um cocker de 4 anos morreu vítima de uma violência covarde e brutal. Eram 5 horas da manhã, num bairro de Paris, na França, quando os moradores de um apartamento no nono andar foram acordados por horríveis latidos de um cachorro. Socos e chutes acertavam Simba, o cocker de 4 anos.

Foto: Reprodução/Fondation 30 Millions d'Amis

De acordo com matéria publicada no site da Fondation 30 Millions d’Amis, apanhando durante vários minutos e então jogado no chão, o animal foi morto na presença de testemunhas e de policiais, que foram chamados através de uma ligação anônima. Seu torturador foi então levado diretamente à delegacia.

Agressor já tinha reputação de violento

A tutora de Simba, uma senhora enfraquecida após um AVC, confiava algumas vezes o animal a seu ex-companheiro, que o levava para passear. Este “passou a noite toda em bares, antes de se atirar contra o cachorro”, diz o tenente encarregado da investigação.

Imediatamente colocado em prisão preventiva e após algumas horas na cela, o homem negou os fatos: “ele acusou os transeuntes de serem responsáveis pela agressão”, confirma o oficial de polícia, “apesar de várias testemunhas”. Já conhecido pela polícia pelos atos de violência contre sua ex-companheira, ele não reconheceu em nenhum momento sua responsabilidade e até mudou sua versão algumas vezes.

Julgado imediatamente

Apesar de sua obstinação, o acusado foi apresentado em “comparação imediata”, um procedimento jurídico acelerado utilizado especialmente quando as provas acumuladas são suficientes. A tutora de Simba, extremamente chocada, exigiu um euro por danos a título simbólico, pois, na realidade, a perda de seu cão é inestimável.

A Fundação 30 Milhões de Amigos, autora da denúncia no processo, aguardava a pena aos abusos que Simba sofreu. O acusado, que poderia pegar até dois anos de prisão em regime fechado e pagar 30 mil euros de multa, foi condenado a apenas 8 meses de prisão em regime aberto – uma pena muito aquém do requerido pelo procurador.

A Fundação 30 Milhões de Amigos ainda conseguiu do Tribunal de Paris uma proibição definitiva por toda a vida de tutela de animais ao autor do crime.

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