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Assassinato de vaca no campos universitário choca Unip, em Bauru

1 de março de 2010
3 min. de leitura
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A morte de uma vaca da raça dinamarquesa causou comoção entre funcionários, professores e alunos da Universidade Paulista (Unip) de Bauru. Princesa, idade desconhecida, viveu por pouco mais de três anos em um pasto anexo ao Hospital Veterinário da instituição.

Bastante dócil e apegada aos seres humanos, a vaca era vista como animal de estimação do curso de medicina veterinária. Alguns se referiam a ela como “nossa colaboradora”. Mas, na última quarta-feira, a história de Princesa chegou ao fim, e de forma trágica. Ela foi encontrada morta, nas imediações do pasto que lhe servia de morada.

O veterinário Éric de Castro Pereira, 26 anos, foi o primeiro a constatar a morte do animal. Segundo o relato que ele apresentou à Polícia Civil, apenas alguns pedaços do cadáver de Princesa ainda restavam no local dos fatos: a cabeça, as mamas e as vísceras. Ao lado dos restos mortais da vaca, foram encontradas também duas facas.

Isso poderia indicar que o autor do crime matou Princesa na intenção de se apoderar da carne. O caso ainda está sendo investigado pela polícia. A direção da unidade solicitou à administração central da Unip que reforce a segurança no campus de Bauru, a fim de evitar que episódios como o que envolveu a vaca dinamarquesa tornem a ocorrer.

Embora pertencesse ao Hospital Veterinário, Princesa não tinha qualquer contato com os demais animais mantidos no local. Por ser domesticada, ela era criada solta, diferentemente dos outros bichos, que são mantidos em espaços fechados e monitorados por vigilantes, 24 horas por dia.

Princesa nunca tomou parte em experimentos ou coisas do gênero. A função dela na faculdade era possibilitar aos alunos um contato mais próximo com os bichos típicos do meio rural. “Muitas pessoas que ingressam no curso de medicina veterinária nunca chegaram perto de um animal. Como a Princesa era bastante dócil, os alunos tinham condições de conhecer melhor a espécie, realizar alguns exames clínicos ou mesmo acariciá-la”, afirma a diretora do Hospital Veterinário da Unip, Sílvia Sgarbosa.

Ela também coordena o curso de medicina veterinária da instituição em Bauru. Ela conta que princesa chegou até a Unip por meio de uma doação. Ao longo dos três anos em que viveu no campus, ela deu à luz duas vezes.

“Os alunos acompanharam de perto as gestações dela. Quando ela deu à luz, muitos quiseram presenciar, pois tinham grande carinho pela Princesa”, diz Sílvia. A vaca era considerada por todos uma ótima mãe. “Ela foi muito atenciosa com os filhotes”, garante a professora.

Além de criar os dois filhotes, Princesa ajudou com seu leite a alimentar diversos bezerros que estiveram internados no Hospital Veterinário. Abalada com a morte da vaca, Sílvia ainda não teve coragem de ir até a cena do crime. Ela prefere ser cautelosa ao comentar sobre o assunto. “Da mesma forma que estou chocada com a morte da Princesa, também fico sensibilizada com a situação daqueles que passam fome. Como ainda não temos ideia das razões que levaram ao crime, prefiro não julgar quem a matou”, afirma.

Fonte: JC Net

Nota da Redação: Mesmo cursos universitários formadores de profissionais que, ao menos em tese, amam os animais e servirão à sociedade para tratá-los e preservá-los, ainda exploram e aprisionam animais em laboratórios ou confinados em outros locais. Quanto ao crime, a fome não justifica, de forma alguma, o cruel assassinato de um animal, já que existem diversas outras fontes de alimentação sem que seja necessário acabar com vidas inocentes.

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