A ONG Voices for Animals coletou vídeo de nove fazendas de criação de animais para produção de peles na Rússia, principalmente nas regiões de Moscou e Tver, e criou um documentário. Nelas, são criados martas, visons, raposas, raposas-do-ártico, nútria, coelhos, furões e chinchilas. Suas vidas são tipicamente repletas de sofrimento: animais que correriam dezenas de quilômetros por dia na natureza são mantidos presos em gaiolas apertadas com pisos de tela de arame que cortam suas patas. Eles nem sempre têm acesso a água fresca ou comida, o que os leva a morrer de fome, sede e, aos poucos, à loucura.

A maioria deles nunca chegará à idade adulta porque são mortos aos 7-8 meses de idade com veneno, corrente elétrica, gás ou um simples pedaço de pau.

Para conseguir um casaco de pele, você precisa matar 18 raposas. Ou 55 visons. Ou 170 chinchilas.

Nos últimos 10 anos, a produção global de peles diminuiu 7 vezes.

Na Rússia, o número aumentou quase 20 vezes em 25 anos: de 400 fazendas, restam apenas 24, que abatem mais de um milhão de animais anualmente. Entre os parceiros dessas fazendas de criação de animais para produção de peles estão grandes marcas como a “Snezhnaya Koroleva”.

“Nossos ancestrais distantes não tinham escolha: para escapar do frio, eram obrigados a obter peles para si mesmos”, diz Dinara Ageeva, chefe da ONG Voices for Animals. “No mundo moderno, essa necessidade não existe. Apesar disso, centenas de milhares de seres vivos ainda são torturados e mortos em fazendas de criação de animais para produção de peles.” 

Ela enfatiza que a criação de animais para produção de peles na Rússia é uma indústria deficitária: sobrevive graças a subsídios e isenções fiscais do Estado, o que significa que todos os cidadãos, quer queiram ou não, contribuem para esse sofrimento e para a produção de coisas das quais podem facilmente prescindir.

Assista à versão completa do filme aqui. Aviso: Este vídeo contém imagens que podem ser traumáticas.

Traduzido de Nemoskva.