Torturados, baleados ou deixados para morrer, esses cãezinhos valentes ganharam uma nova vida com a ajuda de membros artificiais. Veja a história tocante de cinco filhotes que, com o apoio dos seus tutores, reaprenderem a sorrir e a brincar.
Naki’o
Quando Naki’o era um filhote, ele foi encontrado, junto com seus irmãos e sua mãe morta, abandonado em uma residência em Nebraska, nos Estados Unidos.
Naki’o estava literalmente congelado em uma poça no chão e precisou ter as quatro patas e parte do rabo amputados.
Uma assistente veterinária do Colorado Springs chamada Christine Pace soube sobre sua história e se emocionou tanto que adotou o cachorro severamente deficiente.
No início, Naki’o conseguiu se locomover, mas conforme cresceu, seu peso restringiu sua movimentação. Pace arrecadou dinheiro suficiente para equipado com próteses para suas pernas traseiras, que foram as mais prejudicadas.
Ao notarem que o filhote brincalhão estava tão bem com suas patas biônicas, Martin e Amy Kaufman, da Orthopets, também criaram duas próteses para as pernas dianteiras.
Pay de Limon
Em 2011, Pay de Limon foi vítima de uma gangue de drogas do México. Acredita-se que os membros da gangue da Cidade do México usaram o pastor belga – cujo nome significa torta de limão em inglês – para praticar crimes horríveis.
Eles cortaram suas duas patas dianteiras para testar táticas de intimidação que usariam mais tarde em humanos.
O cão foi deixado para morrer em uma lixeira e uma pessoa ouviu seus gritos e levou-o para o Milagros Caninos, um santuário local para animais abusados. A equipe cuidou de Pay de Limon e arrecadou mais de US$ 6 mil por meio de doações para arcar com os custos dos dois membros da prótese da perna dianteira.
Agora ele está adaptado a suas pernas novas e pode ser visto correndo alegremente pelo santuário como qualquer outro cão.
Abayed
Abayed vivia com um pastor na Jordânia. Porém, em 2011, ele foi baleado e ficou com as patas traseiras paralisadas.
Seu tutor encontrou o cão uivando e o levou para um abrigo de animais local, onde os médicos disseram que estava claro que o cão tinha vontade de viver.
Em vez de induzir sua morte, o abrigo acolheu o cão deficiente e, eventualmente, equipou-o com uma cadeira de rodas e o cão ganhou a liberdade para percorrer as terras do abrigo e brincar com ovelhas e cabras.
Maulee
Phil e Nancy Stafford fariam qualquer coisa por Maulee. No verão de 2001, quando sua amada companheira ficou presa nas lâminas de um cortador de trigo perto de sua residência em Jasper County (EUA), essa dedicação foi posta à prova.
Maulee perdeu parte de sua pata direita no acidente e quase sangrou até a morte. Após cinco dias no hospital, a cadela se recuperou e os Staffords procuraram veterinários que poderiam criar uma prótese para ela, informou o Yahoo.
A pesquisa inicial foi difícil e alguns veterinários até mesmo caçoaram da ideia. Porém, eventualmente, um médico especializado em membros artificiais humanos concordou com o desafio.
“Quando projetei a meia de Maulee, eu me aproximei muito dela, como se fosse fazer um braço para um paciente que tivesse o mesmo nível de amputação”, disse Daniel Holzer.
Depois de vários testes, Maulee foi equipada com uma meia de nylon e um membro flexível que lhe permite brincar como antes.
Cassidy
Cassidy já estava perdendo uma perna quando Steve e Susan Posovsky o adotaram de um abrigo em Nova York (EUA) em 2005. No início, eles só queriam cuidar e amar o cachorro, mas rapidamente ficou claro que ele estava com cada vez mais problemas de mobilidade e saúde. “Você conseguia ver sua postura, era realmente difícil para ele”, disse Susan Posovsky.
Os tutores procuraram o cirurgião ortopédico veterinário Denis Marcellin-Little, na Carolina do Norte, que criou pela primeira vez uma perna artificial integrada para um cão. “Trabalhamos por cerca de um ano para tentar projetar uma cinta que era bastante sofisticada, mas não funcionou muito bem”, afirmou Marcillin-Little.
Cassidy recebeu uma prótese permanente – uma haste de titânio implantada no osso da parte inferior da sua perna. Um pé feito com fibra de carbono e borracha para a tração é parafusado sobre o implante que, com o decorrer do tempo, fundiu-se perfeitamente ao osso verdadeiro.
Agora, o cão pode correr como antes. “Observá-lo correr na praia é uma algo muito emocional para mim”, comentou Steve Posovsky.