Há um movimento em Sorocaba (SP) que busca angariar apoio popular para que a prefeitura adquira algumas girafas para o zoológico municipal.
Se a intenção se realizar, os animais, oriundos, do continente africano ficarão em um ambiente confinado e minúsculo para serem colocados em exposição.
Há, felizmente, uma reação contrária!
Pessoas que não suportam ver animais em situação de sofrimento e estresse estão se movimentando para tentar impedir isso.
O debate tem ganhado espaço na Internet, em especial nas redes sociais.
Em uma postagem realizada no Fabebook, alguém valorizava o fato do pedido inicial ter sido feito por crianças.
Em reação, outra pessoa argumentou que “educar crianças não é atender a qualquer de seus desejos, é, também, mostrar o que é certo e o que é errado, o que é ético e o que não é”.
Aí nos cabe uma reflexão: é certo, é ético retirar animais selvagens de seu habitat ou mesmo criá-los com o objetivo de enjaulá-los posteriormente?
Alinhada a esta reflexão está a necessidade de repensarmos o papel dos zoológicos.
Há quem diga que os zoológicos servem para promover a Educação Ambiental.
Pergunto: mostrar um hipopótamo em um aquário minúsculo; um elefante em um ambiente de 10m x 10m ou, no caso específico, confinar uma girafa que, em seu ambiente natural, cavalga livremente por quilômetros a fio, é educar para o respeito aos animais? Para o respeito ao meio ambiente?
Mais do que nunca, nesta segunda década deste novo século, já é passada a hora de refletirmos sobre os valores que nos conduziram aos dias de hoje.
É preciso valorizar os bons hábitos e as boas atitudes e revermos aqueles que julgarmos inadequados em relação aos princípios éticos de uma nova era – uma era de respeito aos seres humanos, aos outros animais e a todas as formas de vida que coabitam este planeta.