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DIA DA ÁRVORE

Árvores centenárias são fundamentais para a sobrevivência dos ecossistemas

21 de setembro de 2021
Beatriz Silva | Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração|Pixabay

Um jequitibá-rosa que vive em Santa Rita do Passa Quatro, no interior de São Paulo, leva o título de árvore mais velha do Brasil. Conhecido também como Patriarca, estima-se que a árvore que possui mais de 40 metros de altura, tenha cerca de 600 anos de idade.

A árvore está localizada no Parque Estadual do Vassununga, criado em 1970 e que além do Patriarca, abriga o maior número de jequitibás-rosas do Brasil, espécie ameaçada devido à exploração madeireira e à destruição.

O “Patriarca” possui quase 12 metros de circunferência e suas raízes alcançam 18 metros de profundidade. Para abraçar a árvore seriam necessários 9 adultos, e estima-se que sozinha, ela tenha absorvido cerca de 132 toneladas de dióxido de carbono. Acredita-se que sua longevidade possa ser explicada pela aquisição de mecanismos de defesa própria contra as pragas, além de estar localizada em área protegida da ação humana.

Segundo o portal UOL, existem outras árvores centenárias no país, como araucárias e imbuias, muitas delas na Serra Gaúcha e Catarinense, porém, em 2018 uma dessas árvores carregadas de história foi derrubada para virar uma cerca. Uma imbuia que possuía cerca de 535 anos, e estava localizada em Vargem Bonita, SC.

Desmatamento ameaça árvores centenárias e as áreas em que se desenvolvem. | Foto: Ilustração/Pixabay

Para “calcular” a idade das árvores, os pesquisadores analisam os anéis de crescimento. Esses anéis têm tonalidades variadas que indicam as estações do ano, sendo os mais claros chamados de lenho inicial ou primaveril, enquanto os anéis mais escuros são chamados de lenho tardio ou estival. Juntos, esses lenhos formam os anéis de crescimento.

Em entrevista ao portal UOL, Vanessa Costa, que é engenheira florestal, diz que árvores centenárias possuem um crescimento mais lento, ao contrário das árvores que crescem mais rápido e acabam por ter seu ciclo de vida encurtado. Ela acrescenta que um ambiente propício é o que permite esse crescimento longo, sendo importante para o microcosmo em volta das árvores, como as plantas e formas de vida, ou seja, para a biodiversidade. Vanessa também defende a necessidade de políticas ambientais e uma conscientização sobre a importância dessas árvores.

Árvores centenárias sofrem com derrubadas e também com a destruição das áreas em que se desenvolvem. Além disso, quando elas desaparecem, as mudanças climáticas são agravadas.

Foto: Reprodução | G1

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