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Arthur e seus amigos

21 de setembro de 2011
2 min. de leitura
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Sílvia Lakatos
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Foto: Arquivo Pessoal/ Silvia Lakatos

Em 19 de setembro de 2010, Arthur nasceu com 49 cm e 3,530 kg. Ótimas medidas e perfeito estado de saúde, contrariando aqueles que consideram impossível uma mãe vegana dar à luz um filho saudável. Naquele momento, eu estava com 39 anos de idade e tivera uma gravidez sem contratempos. Apenas um pouquinho de inchaço na reta final, quando a retenção de líquidos aumenta.

Dois dias depois, tivemos alta, saímos da maternidade, e Arthur começou o convívio com os outros habitantes de nosso pequeno apartamento: Miloca, Marília e Dirceu, três gatos muito queridos. Há mais felinos em nossa família. Mas, assim como os cachorros, eles moram na chácara ou ficam na casa de minha mãe, que é mais espaçosa.

Desde os primeiros dias com o bebê em casa, surpreendi-me com a noção de ética dos felinos. Eles respeitaram de tal forma as coisas do Arthur que eu nunca precisei tirá-los, por exemplo, das gavetas de roupas do pequeno (e olha que eles adoram entrar nas minhas!).  Era como se dissessem: “Entendemos que ele é seu filhote, não vamos dificultar as coisas, ok?”.

Aos poucos, eles foram se conhecendo e se aproximando. Hoje, o Arthur e os gatos brincam juntos — não no mesmo ritmo, é claro, pois uma das gatas tem 17 anos e quer dormir, não farrear! Mas eles dividem harmoniosamente o chão da sala, os brinquedos e até o carrinho de bebê…

Arthur é esperto. Suas primeiras palavras foram “ga” (apontando os gatos), “tata” (referindo-se às tartarugas que moram na escolinha que ele frequenta desde que voltei a trabalhar), “tetê” (leite”), “au-au” e “alô” — sim, ele “usa” um celular — de brinquedo, é lógico.

Agora estou esperando que ele se digne a falar mamãe!
Sílvia Lakatos Varuzza, 40, jornalista e historiadora.

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