O número de armadilhas ilegais para animais aumentou em Hong Kong de acordo com a Sociedade de Prevenção da Crueldade contra Animais (SPCA). Em 2023, 31 armadilhas foram descobertas, um salto significativo em relação às 24, em 2022, e 20, em 2021.

Essas armadilhas, muitas vezes ocultas em trilhas de montanhas menos percorridas, visam indiscriminadamente animais selvagens como raposas, ouriços e javalis. Cães em situação de rua que vagam por esses locais também são vítimas dessas emboscadas. A SPCA resgata esses animais e trata eles, até que possam ser adotados ou voltar para a natureza.

Os caçadores furtivos usam pão desfiado, lulas secas e peixe como isca para esses animais. Essas armadilhas, fáceis de transportar e instalar, são construídas com peças facilmente adquiridas online, tornando-se uma forma chocantemente acessível de crueldade. Os principais alvos desses caçadores são os javalis, pois sua carne é muito popular.

O Departamento de Agricultura, Pesca e Conservação avançou no combate a essa atividade ilegal, confiscando mais de 750 aparelhos de caça nos últimos cinco anos. No entanto, as multas atuais de até 50 mil dólares de Hong Kong (em torno de 32 mil reais) são vistas por muitos como pouco ameaçadoras.

Grupos de proteção estão se mobilizando por penalidades mais rigorosas e patrulhas mais frequentes, enfatizando a urgência de proteger a vida selvagem de Hong Kong. O aumento na captura ilegal não apenas coloca os animais em perigo, mas também perturba o equilíbrio dos ecossistemas locais. A luta contra as armadilhas é mais do que apenas uma batalha pelo bem-estar animal, é uma luta para preservar a santidade do patrimônio natural local.

À medida que o número de armadilhas descobertas continua a aumentar, a urgência para ação se intensifica. A SPCA e grupos de proteção animal permanecem firmes em sua missão, trabalhando incansavelmente para garantir que a vida selvagem de Hong Kong prospere em um ambiente seguro.