O Horto do Fonseca, na Zona Norte de Niterói, vai receber em julho a criação de áreas de lazer voltadas especialmente para animais, conhecidas como ParCão. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Niterói, Daniel Marques, o projeto Executivo foi aprovado pelo prefeito Rodrigo Neves há uma semana e, pelos próximos três meses, as obras serão iniciadas. Neste momento, o processo de licitação está em andamento.
Uma parte do projeto, que conta com a participação da Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa), será o Centro de Proteção Animal, onde haverá um consultório para castração de caninos e felinos, com estrutura para a pré e pós cirurgia, além de uma sala onde serão ministrados cursos gratuitos de tosa e banho para jovens de comunidades carentes.
“A outra parte do projeto é o já nomeado ParCão, um espaço de 400 metros quadrados de área livre destinado para cães, cercado com toda a segurança necessária. Será o primeiro ParCão do município, mas outros já estão sendo estudados. O ParCão, além da área de lazer, também receberá algumas atividades como, já adotada pela cidade, a feira de adoção, onde muitos animais abandonados são resgatados e conseguem um lar”, disse o secretário.
Segundo Marcelo Pereira, diretor de Proteção Animal da Secretaria de Meio Ambiente, outra atividade contemplada pelo ParCão é o CÃOTERAPIA, que é uma terapia que trabalha o contato entre pessoas com deficiência e cães, sendo também uma atividade inédita em Niterói. O objetivo é expandir o projeto para o Centro e Zona Sul de Niterói.
Cães abandonados em São Francisco
Moradores de São Francisco, na Zona Sul de Niterói, estão preocupados com a situação de três cachorros que foram abandonados na Praça Dom Orione há pelo menos um mês. Segundo informações dos frequentadores do local, os animais estão sendo alimentados através de doações voluntárias. Nas redes sociais, há uma mobilização para que os bichos sejam adotados ou levados pelo Centro de Zoonoses do Centro de Niterói.
“As pessoas costumam alimentar esses animais, já que eles foram deixados aqui. É uma pena. Se eu pudesse, levaria para casa, mas não tenho espaço lá. Espero que alguém passe aqui e leve os cachorros o quanto antes, disse o comerciante Jorge Marins, 56 anos.
Quem também está preocupado com a situação dos animais é o aposentado Antônio Carlos dos Santos, 62 anos. Segundo ele, os cachorros são dóceis, mas algumas pessoas podem ter medo de brincar no local, já que não conhecem os cachorros. “Eles são amáveis e não fazem mal a ninguém”, disse ele.
Para a moradora Priscila Abreu, 34 anos, aproveitar a campanha ‘Adotar é o Bicho’, é uma das soluções possíveis, já que o evento conta com o incentivo de profissionais que podem explicar os benefícios de ter um animal adotado em casa. “Já tenho três cachorros em casa, mas se minha filha pudesse, levaria esses aqui”, divertiu-se a dona de casa.
Campanha
De acordo com Marcelo Pereira, no próximo dia 16 de março (domingo), das 10h às 14h, será realizado mais uma edição da Campanha Adotar é o Bicho, no Campo de São Bento, em Icaraí, na Zona Sul. “Com a adoção, as pessoas podem cuidar desses animais. Os animais são dóceis e é uma oportunidade para abrigar esses bichos. Em 2013, 300 animais foram adotados. Neste ano, nos dois primeiros meses foram 50”, disse Marcelo.
Também no próximo dia 30, no Campo de São Bento, haverá uma edição especial da campanha, já que comemorarão dois anos. De acordo com Marcelo, será inaugurada uma nova estrutura para abrigar os animais. “Temos que ampliar o espaço, já que os principais centros de adoção estão lotados. Continuaremos a trabalhar com o tema “Educação e Conscientização”, disse o secretário Daniel Marques.
Fonte: O Fluminense
