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Ararinhas-azuis chegarão ao Brasil em março de 2020

27 de outubro de 2019
2 min. de leitura
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Foto: Patrick Pleul/AFP

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou ontem (24) que as 50 ararinhas-azuis que serão repatriadas por meio de um acordo do Brasil com a Alemanha chegarão ao país em março de 2020.

A confirmação foi feita pelos representantes da Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), que atualmente são os responsáveis pelas aves. Assim que chegarem ao Brasil, as ararinhas serão levadas para o Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha-Azul.

A unidade de conservação foi criada no ano passado, em Curaçá, na Bahia, especialmente para receber as aves. O local é habitat histórico da espécie, considerada extinta na natureza desde 2000 após ser alvo durante anos de caçadores e traficantes de animais.

Depois de um período de adaptação em viveiro, elas serão, enfim, soltas na natureza. Atualmente, existem apenas 163 ararinhas-azuis em cativeiro no mundo – 13 estão no Brasil, 147 na Alemanha, quatro em Singapura e duas na Bélgica.

Durante o período de adaptação, as aves ficarão sob a guarda da ACTP, que mantém 90% das ararinhas-azuis em cativeiro do mundo após receber os exemplares que estavam em instituição no Catar, recentemente fechada.

Descoberta no início do século 19 pelo naturalista alemão Johann Baptist von Spix, e exclusiva da Caatinga brasileira, a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) teve sua população dizimada pela ação humana. A última ararinha conhecida na natureza desapareceu em outubro de 2000 e até hoje não se sabe se morreu ou foi capturada por alguém.

Desde então, as poucas que restaram em coleções particulares vêm sendo usados para reproduzir a espécie em cativeiro. Quase todas no exterior. A ararinha endêmica da Caatinga é considerada uma das espécies de aves mais ameaçadas do mundo. Em 2000, foi classificada como Criticamente em Perigo (CR) possivelmente Extinta na Natureza (EW), restando apenas indivíduos em cativeiro.


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