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Araras procriam em casinha construída em palmeira

15 de agosto de 2015
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Araras ganharam casinho no alto de palmeira, no Bairro Coopharádio, e já encomendaram a prole (Foto: Victor Chileno)
Araras ganharam casinho no alto de palmeira, no Bairro Coopharádio, e já encomendaram a prole (Foto: Victor Chileno)

Lar doce lar. Um casal de araras canindé foi premiado com uma moradia no alto de uma palmeira imperial, em uma residência, no Bairro Coopharadio, em Campo Grande. Os proprietários construíram a estrutura em madeira para abrigar os pássaros com mais conforto no tronco da árvore que já era habitada por eles, no quintal de casa. À vontade no ninho, as araras já começaram a providenciar a prole.
A fêmea postou um ovo há cerca de 17 dias. O dono da residência, o major do Corpo de Bombeiros Pedro Centurião, conta que gastou cerca de R$ 1 mil para construir a casinha das araras. O local, segundo ele, virou uma espécie de ‘ponto turístico’ na região. “Todos os dias as pessoas que passam pela rua ficam filmando e fotografando”, conta.
A família já deu nome ao casal: Yellow e Blue, em referência às cores das aves. A palmeira que hoje está devidamente adaptada para o convívio das araras, já foi a razão de transtorno para os moradores. “Quando mudamos para cá, há cerca de seis anos, a árvore já estava aí. Os galhos caíam na cerca elétrica que disparava. Um dia, durante um temporal, um galho quase atingiu um veículo que passava na rua.
Outro problema era a presença dos corós”, relembra Centurião. A família decidiu retirar as folhas, deixando apenas o tronco e o buraco para as araras entrarem. Porem, quando as chuvas vinham o tronco enchia de água. Daí, começaram as adaptações, primeiro fizeram a sacada de madeira e depois a cobertura. Foram cinco meses para a moradia ficar pronta. Hoje, as araras estão à vontade no lar à espera da avezinha que nascerá dentro de mais ou menos duas semanas. “Tudo o que eu quis foi melhorar o ambiente para eles, pois, fomos nós humanos que invadimos o habitat dos pássaros.”
Monitoramento – Recentemente, a família recebeu a visita de biólogos do Instituto Arara Azul que vai monitorar o ninho. A presidente do Instituto Neiva Guedes ainda não sabe qual será a frequência das visitas, pois as equipes fazem monitoramento por toda a cidade. Ela cita que a família ajudou as araras ao edificar a estrutura. Os donos da casa já foram devidamente orientados a não colocar nenhum tipo de alimento para as aves. Neiva explica que a região tem muitas árvores frutíferas que podem servir de alimento para os pássaros.
“Além do mais, estas aves voam longe em busca de alimentos”, relata. Segundo ela, vivem em Campo Grande cerca de 400 araras. “Mais de 200 nasceram aqui na cidade”, revela. O ovinho de Yellow e Blue deve eclodir em cerca de 10 dias, trazendo ao mundo mais uma ararinha urbana, que, como as outras, precisará do respeito dos humanos para viver em paz e dar continuidade à espécie.
Fonte: Diário Digital

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