A ocorrência natural da arara-canindé vai da América Central até o Paraguai e o norte da Argentina. No Brasil, há registros da espécie por quase todo o território, exceto no Rio Grande do Sul. Em Pereira Barreto, a ave é considerada um símbolo, podendo ser avistada em diversos pontos da cidade.
No entanto, seu estado é considerado como “criticamente ameaçada de extinção”, segundo o biólogo Alexsander Zamorano Antunes, que atua como pesquisador científico do Instituto Florestal de São Paulo. Ele também assina a página desta ave no Livro Vermelho do Estado de São Paulo, que cataloga espécies ameaçadas de extinção em solo paulista.
O pesquisador aponta que existem “poucos” registros da ave no Estado. Eles acontecem, especificamente, nas divisas com Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Assim, ainda existem pontos onde a ave consegue sobreviver. No entanto, Antunes alerta para o posicionamento da União Internacional para a Conservação da Natureza: a presença da arara-canindé se tornou incomum e suas populações estão diminuindo, o que pode levá-la à extinção no futuro próximo.
“Caso não houver ações para a sua preservação, a arara corre o risco de desaparecer do Estado nos próximos 50 anos”, alerta Antunes. O motivo desta ameaça, conforme o pesquisador, é a perda de seus habitat, a caça e a captura de filhotes para o tráfico de animais silvestres. “Sim, tem gente que come araras”, denuncia.
BIOMAS
Os biomas onde a arara-canindé ocorre são a Amazônia, a Caatinga, a Mata Atlântica e o Pantanal. Ela habita, principalmente, matas ribeirinhas. O caminho apontado para reverter o quadro de ameaça de extinção é a proteção e a restauração de seus habitat, assim como a fiscalização para coibir a captura de exemplares.
Fonte: Jornal Dia Dia