A presença de uma arara-canindé de cor rara, entre outras de coloração azul, chamou a atenção do geógrafo e professor universitário Clóvis Cruvinel, durante momento de observação na cidade de Aliança do Tocantins (TO), que fica a 164 quilômetros de Palmas.
O animal foi registrado por ele no entardecer do dia 21 de janeiro, por volta das 18h30. Segundo Clóvis, a arara estava junto de um grupo de pelo menos 12 animais da mesma espécie que havia pousado nos galhos secos de uma árvore. Ela era a única diferente.
“Ao parar para observar, vi que tinha uma ave com plumagem lutina. Mas só vi que era uma canindé chegando mais perto. Aproveitei e fiz o registro antes da revoada das mesmas. Sabia que era um registro importante e raro por se tratar de uma ave em seu habitat natural”, diz ele.
Além de professor na Universidade Federal do Tocantins (UFT), Clóvis também é fotógrafo especializado em natureza, habituado a fazer registros de animais. Essa, no entanto, foi a primeira vez que ele se deparou com uma arara-canindé de cor diferente.
Lutinismo
A imagem da arara registrada por ele tende a remeter, visualmente, a uma possível condição albina, mas, na verdade, ela está ligada diretamente a um fenômeno genético chamado lutinismo.
O lutinismo caracteriza-se pela ausência total da melanina, com presença de pigmentos amarelos ou avermelhados na plumagem das aves. Em geral, elas se apresentam totalmente amarelas, com olhos vermelhos.
A falta de síntese de melanina na coloração das penas é decorrente da deposição de carotenoides. Essa mutação genética nas aves é considerada rara, suficiente para torná-las exóticas em meio as outras.
Fonte: Metrópoles