A arara-azul encontrada na quarta-feira (5), no centro de São José do Rio Preto (SP), virou notícia em todo o país. Segundo informações da polícia, a ave foi domesticada por um homem, com quem vivia em cativeiro há mais de 10 anos. Agora, a ave está com a Polícia Ambiental. Ela passou por avaliação do veterinário e será encaminhada ao Zoológico de São Carlos, na tarde desta quinta-feira (6).
Uma das mais belas aves da fauna brasileira, a arara-azul foi vista por um estudante em frente a uma universidade. Ele mesmo quem chamou os Bombeiros. A ave está na lista internacional de animais ameaçados de extinção.
A encontrada na cidade não tem a asa cortada e está em ótimo estado de saúde. O sexo dela ainda não foi identificado. O animal passará por novos exames no Zoológico de São Carlos. A intenção dos biológos e veterinários é a de que a ave fique no mesmo recinto de um casal da mesma espécie para procriação em cativeiro.
Durante a manhã desta quinta-feira (6), o antigo ‘tutor’ foi até a Polícia Ambiental. Por se apresentar voluntarianente, ele não será autuado. Em caso de flagrante, a pena varia de 6 meses a 1 ano de reclusão, além de multa de R$ 5 mil por animal. A polícia explicou que manter aves silvestres em cativeiro é crime ambiental.
Arara-azul
É uma ave da família Psittacidae, que vive na Floresta Amazônica e, principalmente, no do Cerrado. Possui uma plumagem azul com uma pele nua amarela em torno dos olhos e fita da mesma cor na base da mandíbula.
Seu bico é desmesurado parecendo ser maior que o próprio crânio. Sua alimentação, enquanto vivendo livremente, consiste de sementes de palmeiras (cocos), especialmente o licuri. Essa arara torna-se madura para a reprodução aos 3 anos. Sua época reprodutiva ocorre entre janeiro e novembro.
Nascem 2 filhotes por vez e a incubação dura cerca de 30 dias. Depois que nascem, as araras-azuis ficam cerca de três meses e meio no ninho, sob o cuidado dos pais, até se aventurarem no primeiro voo. A convivência familiar dura até um ano e meio de idade, quando os filhotes começam a se separar gradativamente dos pais.
A espécie ainda é avistada em três áreas brasileiras, e em pequenas partes do território boliviano. Ela é popular no comércio ilegal de animais.
Com informações da Rede BOM DIA
Nota da Redação: Esse pobre animal foi mais uma provável vítima dos traficantes que lucram com o comércio cruel de animais. Infelizmente, a fiscalização dessa prática ainda é insuficiente para coibir a retirada desses animais da natureza. Domesticar um animal da fauna silvestre é um crime digno de uma punição severa e concreta – fato que não se observa neste país. Agora a pobre ave será condenada a viver em um zoo, em vez de ser devolvida ao seu habitat – graças à ação de criminosos e às vistas grossas da justiça brasileira.