Somente um deslocamento dramático e sem precedentes dos combustíveis fósseis permitirá aos governos mundiais reduzir o aquecimento a 1,5 °C, acima da época pré-industrial.
Alcançar esse objetivo “implicaria a retirada do dióxido de carbono da atmosfera”, afirmou o relatório compilado por cientistas no Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC).
Enviada para ser comentada por governos e especialistas, uma cópia do atual documento foi obtida pela Reuters.
O IPCC disse que não comentou o conteúdo porque o trabalho está em andamento e “o texto pode mudar substancialmente” entre o esboço atual e a versão final.
As mudanças ainda podem ser feitas como resultado da resposta dos revisores e resultados de pesquisa adicionais publicados após a conclusão do esboço. A versão final deve ser divulgada em outubro, segundo o Independent.
Como parte do acordo de Paris, foi estabelecida a decisão de “prosseguir os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais”.
No total, 195 países assinaram o acordo e 173 tornaram-se parte do documento cujo objetivo é diminuir as emissões globais de carbono e controlar o aquecimento global.
Porém, o presidente dos EUA, Donald Trump, retirou o país do acordo em 2017, afirmando que a medida colocava os trabalhadores norte-americanos – particularmente da indústria do carvão – em uma “desvantagem econômica”.