Os mergulhadores inspecionaram o fundo do mar abaixo da plataforma de gelo de Ross pela primeira vez há oito anos e afirmaram que, no passado, havia escassez de animais marinhos ali porque geralmente eles viviam na escuridão.
Mas eles pensam que a diminuição do e gelo explica a presença de organismos como esponjas do mar profundo, estrelas do mar e pepinos de mar, de acordo com o Washington Post.
Eles suspeitam que a mudança ocorreu devido à luz solar que incide sobre a massa congelada por causa das mudanças climáticas, permitindo que o plâncton sustente uma variedade maior de vida marinha.
A equipe de mergulhadores de cientistas – três da Finlândia e seis da Nova Zelândia – atualmente acampa na plataforma de gelo perto de New Harbor, no Mar de Ross, de onde embarca para realizar as expedições subaquáticas.
Dois dos pesquisadores observaram que a vida marinha mudou desde a primeira viagem do grupo.
“Dois dias atrás, [dois dos pesquisadores] realizaram o primeiro mergulho do ano sob o gelo em águas cristalinas e, para a surpresa de todos, a comunidade animal do fundo do mar mudou dramaticamente desde a última visita em 2009. Surpreendentemente grandes mudanças nas comunidades costeiras do fundo do mar ocorreram em apenas alguns anos”, escreveu o cientista finlandês Patrick Degerman.
“As observações iniciais do mergulhador mostram que as mudanças podem ser inesperadamente rápidas, mesmo na Antártica, onde se espera que tudo ocorra muito lentamente devido à baixa temperatura. O que costumava ser uma comunidade animal muito estável, escassa e privada de alimentos é agora muito mais rica, com mais espécies e maiores densidades de animais”, acrescentou ele na página da expedição no Facebook: “Science Under the Ice”.
Os cientistas estão em dois campos na prateleira de gelo de Ross, onde permanecerão por seis semanas. Eles têm comparado suas descobertas com as da missão anterior.
“O propósito desta expedição é explorar como as mudanças climáticas afetarão a biodiversidade marinha na Antártida”, explicou Degerman.