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Aprisionada há 46 anos, orca solitária está muito doente

21 de agosto de 2016
2 min. de leitura
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Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Reprodução / Facebook
Reprodução / Facebook

Lolita, a solitária orca do Miami Seaquarium, foi capturada aos 4 anos e passou os últimos 46 no menor tanque de orca dos EUA. Ela não vê alguém da mesma espécie há 26 anos. Testemunhos que vieram ao público recentemente provam que ela não era apenas a baleia mais solitária do mundo – ela também é uma das mais doentes.

A lista dos problemas físicos e mentais de Lolita é extensa. Vários especialistas acompanharam as condições em que ela vivia e seu estado de saúde. Dr. Pedro Javier Gallego Reyes disse ao The Dodo: “Lolita foi diagnosticada com pterígio, ou “olho de surfista”, que prejudicou sua capacidade de enxergar devido aos raios solares que castigam seus olhos constantemente,” ele também afirma que: “Ela parece ser uma paciente crônica, com infecções frequentes e problemas nos rins por causa da medicação constante.”

Maddelena Bearzi, presidente da Sociedade de Conservação Oceânica, concorda: “Lolita está sob um fluxo grande de medicação, de colírios até antibióticos,” escreve Bearzi “apenas em 2015, não havia um dia em que ela não tomava pelo menos uma droga. Baleias assassinas não precisam de remédios humanos, e sua expectativa de vida é mais alta na natureza do que em cativeiro.”

A saúde mental de Lolita não parece muito melhor do que sua saúde física. De acordo com o antigo treinador do SeaWorld, John Hargrove, “Os registros de comportamento revelam que Lolita é a orca mais problemática com quem já trabalhei em toda a minha carreira.” A orca mostrava sinais claros de estresse, frustração e tédio, como bater a cabeça várias vezes nas paredes do tanque e contrair a mandíbula, o que tem prejudicado seus dentes (o dano neles é permanente e já foram perfurados dezenas de vezes para acabar com infecções).

O comportamento de Lolita coloca todos em risco, pois sua frustração pode se transformar em violência, de acordo com Hargrove.

O tanque da orca é tão pequeno, diz Ingrid Visser, especialista do Orca Research Trust, que Lolita parece encostar a cauda no chão para levantar a cabeça. “Um comportamento assim nunca foi registrado em nenhuma orca,” disse Ingrid. Lolita também divide o tanque com golfinhos que constantemente arranham a pele dela com os dentes.

De acordo com a PETA, que processou o Miami Seaquarium por causa do tratamento que é dado a Lolita, o aquário tem escondido evidências do sofrimento da baleia. “A PETA está fazendo o possível para acabar com o sofrimento da orca e levá-la a um santuário de vida marinha” disse Tracy Reiman, vice presidente executiva da PETA, em um comunicado de imprensa.

Se você deseja ajudar a mudar a vida de Lolita, clique aqui para assinar uma petição.

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