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Aprender a cantar modifica o cérebro dos jovens pássaros

22 de março de 2010
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O aprendizado incrementa a atividade sináptica e promove alterações estruturais no cérebro, segundo indica um estudo sobre jovens pássaros cantores. O trabalho, publicado na revista Nature, ajuda a estabelecer a função física da aprendizagem e a memória, sugerindo que o mecanismo neuronal funciona por imitação, em que os mais jovens aprendem comportamentos culturais com os seus semelhantes adultos.

Imagens de alta resolução das aves revelam alterações na estrutura das espinhas dendríticas, pequenas projeções neuronais que são a sede de conexões sinápticas. Ao fim de 24 horas após aprender o primeiro canto, as espinhas dendríticas do pardal ampliam-se e tornam-se mais estáveis, aumentando a atividade sináptica, segundo afirmam os investigadores liberados por Richard Mooney, da Universidade de Duke, nos Estados Unidos.

Richard Mooney, autor do estudo (Foto: Reprodução)

Em outro estudo da Universidade de Penn State, apresentado durante o último congresso da American Physical Society, os cientistas estudaram como os pássaros cantores transmitem impulsos através das células nervosas nos seus cérebros para produzir um comportamento complexo, como é o canto.

Os pássaros que cantam estão particularmente mais bem adaptados para estudar a produção de sintaxe de fala (as regras de sequência da sílaba ou palavra) e há mais semelhanças entre esses cantos e o discurso humano do que se pode pensar inicialmente, afirmam os cientistas. “As semelhanças entre as redes nervosas dos pássaros cantores e dos seres humanos são importantes para perceber o traçado do circuito cerebral, que é a base da produção de fala e linguagem”, acrescentam os autores.

Fonte: Ciência Hoje

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