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Apreendidos em Lisboa 140 ovos de tucanos, araras e papagaios

7 de novembro de 2011
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Foto: Arquivo/ Público

As autoridades portuguesas apreenderam no aeroporto de Lisboa 140 ovos de tucanos, araras e papagaios, vindos do Brasil, em cinco casos de tráfico desde maio.

Em maio, 30 ovos de papagaio de cauda curta (Graydidascalus brachyurus) – no valor comercial de 3000 euros por casal – foram encontrados dentro de meias atadas e presas à cintura de um cidadão brasileiro, vindo de Tocatins.

Em Agosto, as autoridades identificaram uma cidadã portuguesa que transportava 29 ovos de papagaios, oriundos de Belo Horizonte. No mês seguinte, o aeroporto de Lisboa voltou a ser palco de apreensões, uma no dia 14 (11 ovos de araras) e outra a 15 (58 ovos de papagaios e tucanos), por três cidadãos portugueses. A apreensão mais recente data de 12 de Outubro, quando um indivíduo português foi identificado por transportar 12 ovos de tucano.

De acordo com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), todas as pessoas “foram objeto de processos de contra-ordenação, com exceção de duas cidadãs [identificadas] de 15 de setembro que foram alvo de um processo-crime”.

Quanto às aves, grande parte conseguiu sobreviver, graças aos esforços dos dois parques para onde foram levadas e alimentadas, de duas em duas horas nos primeiros meses, segundo o coordenador da Unidade de Aplicação das Convenções Internacionais no ICNB, João Loureiro. “Este é um tráfico que continua em Portugal, país porta de entrada dos espécimes retirados do continente americano para a Europa”, considerou.

Entre 2003 e 2007 foram desmanteladas em Portugal cinco redes de tráfico. O combate ao crime foi reforçado em 2010, quando começou a funcionar o Grupo de Aplicação da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES). Outro avanço nesta luta poderá ser conseguido este mês, com a identificação mais rápida das espécies apreendidas através da análise genética. Em cima da mesa está um protocolo com o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO). “Atualmente precisamos esperar pelo menos cinco dias para identificar a espécie, ainda em ovo”, o que atrasa os processos de investigação formal, disse João Loureiro.

Fonte: Ecosfera

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