As autoridades tailandesas anunciaram hoje a apreensão de 69 presas de elefante e quatro objetos em marfim, originárias de Moçambique. O material de 435 kg tem valor total estimado em 250 mil euros.
As presas foram encontradas ontem em um armazém no aeroporto de Suvarnabhumi em Banguecoque, na Tailândia, em duas caixas com destino ao Laos, declaradas como bens pessoais. Mas o diretor-geral do serviço alfandegário Prasong Poontaneat afirmou que o marfim voltaria para a Tailândia.
“Eles declararam que o carregamento era destinado ao Laos para enganar as autoridades alfandegárias, pois as presas voltariam à Tailândia, atravessando a fronteira de novo”, explicou o diretor.
Segundo a agência de notícias tailandesa, a operação de apreensão aconteceu após denúncia da CITES (convenção de 1975 sobre o comércio internacional das espécies de fauna e flora selvagens ameaçadas de extinção) que informou às autoridades que o marfim se seria levado ilegalmente de Moçambique para a Tailândia.
Não houve detenção dos responsáveis, pois tanto destinatário como remetente são desconhecidos, ninguém foi ao aeroporto reclamar a encomenda.
Desde 1989 o comércio internacional de marfim está proibido pela CITES. Mas a partir de 1997, os países da África austral foram autorizados a proceder a vendas pontuais.
A Ásia, principalmente a China e o Japão, é um dos maiores mercados do planeta para as vendas de marfim. A Tailândia posiciona-se como um local de passagem do tráfico internacional.
Fonte: Ecosfera